A Unilever está a levar a cabo o passatempo 'À procura da Magnum Woman', que permitirá a uma mulher viajar até Cannes para participar na festa de celebração dos 25 anos do já icónico gelado, vestida em exclusivo por Dino Alves. Nada mau, não é?
Como acho que não tenho nada a perder (aliás, só perco se não participar), aceitei o desafio que, numa primeira fase, passa por publicar aqui um texto sobre o 'Magnum e os 25 anos'.
Assim sendo, aqui fica o meu texto:
Imagem: www.ola.pt
Coco
Channel disse um dia: A moda passa. O estilo permanece.
- Ó
pai, compra-me, compra-me, compra-me! Por favoooor…
- O
que é que queres, sua chata?
- O
Magnum da Olá. É novo! – respondi, a fazer olhinhos de boneca e o beicinho mais
inocente que consegui arquitetar.
Gulosa
por feitio, remeti-me a um canto e só de lá saí quando não havia provas do
facto consumado ou, melhor dizendo, consumido.
O
Magnum surgiu em 89, ano em que também apareceram os primeiros telemóveis no
nosso país – com um tamanho standard
tijolo -, e dançar lambada era o que estava a dar.
Tinha
14 pequenos anos, a cabeça cheia de sonhos e ideias, a vida a correr lenta, à
sua maneira.
Entretanto
o mundo mudou: passamos o tempo a falar em telemóveis que nos cabem na palma da
mão, agora está in a durban dance, aprendi a domar -
ligeiramente - a gula, já não é o meu pai que me compra o Magnum (triste
consequência de ser uma mulher crescida), a vida corre rápida, à sua maneira.
No
entanto, há coisas que se mantêm intocadas porque não devem (não podem!) mudar.
Tenho 38 pequenos anos, a cabeça cheia de sonhos e ideias, ainda que momentaneamente
interrompidas:
- Ó
mãe, compra-me, compra-me, compra-me! Por favoooor…
- O que
é que queres, sua chata?
Como
diria Coco Chanel: Os gelados passam. O Magnum permanece.