Só no final do filme é que percebi que ele foi realizado por Charlie Kaufman (e Duke Johnson), que escreveu o brilhante Being John Malkovich, de 1999, um dos filmes mais delirantes e deliciosos que vi numa noite de inverno, há muitos anos, com a minha querida G., em casa dos meus pais, e que levou o meu pai a perguntar-me, no dia seguinte, o que raio é que tínhamos estado a ver já que as nossas gargalhadas ecoavam pela casa inteira (por falar nisso, tenho de revê-lo).
Este Anomalisa - um filme de animação em stop motion, de 2015 - é introspetivo e angustiante. Retrata, acima de tudo, a forma como nos relacionamos com os outros e o egoísmo (e vazio) inerente a essas relações.
Este Anomalisa - um filme de animação em stop motion, de 2015 - é introspetivo e angustiante. Retrata, acima de tudo, a forma como nos relacionamos com os outros e o egoísmo (e vazio) inerente a essas relações.
Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o facto das caras das personagens parecerem máscaras, o que analisei como uma crítica à sociedade já que, no fundo, e pelo menos em determinados momentos, todos nós usamos máscaras.
Li mais tarde que essa foi exatamente a intenção de Kaufman. Como não poderia deixar de ser.
Para ver e pensar. Principalmente se a nossa vida é aquilo que queremos fazer dela ou se apenas andamos aqui a fingir que vivemos.
Mas isso é só para os corajosos, já que os outros vão preferir fingir não perceber.
Mas isso é só para os corajosos, já que os outros vão preferir fingir não perceber.
Nunca vi este filme, mas gostei imenso da sinapse deste :)
ResponderEliminarBeijinho, Kati
ossegredosdakati.blogspot.com
Consegues extrair o sentido filosófico que está por detrás de um filme de animação. Clever, Marta. Simply clever ;)
ResponderEliminarÉ duro encarar a realidade, as coisas como de facto são, porque realmente há um grande vazio do qual tentamos fugir com as maiores futilidades. Ate as relações são muito superficiais. É bom levar as pessoas a pensar, a refletir.
ResponderEliminarNossa... bem diferente mesmo!
ResponderEliminarInfelizmente ás vezes temos q ser quem não somos. Já vi se eu for muito sincera, me ferro...
http://momentosdemodaebeleza.blogspot.com.br
Bjs
Marta que forte essa sua resenha! De fato, em alguns momentos precisamos usar máscaras sim, mas é preciso sempre buscar a vida que queremos para que esses momentos mascarados fiquem minimizados o máximo possível! :-) Esse filme já vai entrar para a listinha, que só cresce! rsrsrsrs Bjs
ResponderEliminarTenho que ver! (=
ResponderEliminarAté fiquei com vontade de ver.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Fiquei curiosa! Tenho que ver ;)
ResponderEliminarUm beijinho
Excelente análise que me despertou o interesse de ver este filme (relembrando-me, também, que nunca cheguei a ver o Being John Malkovich apesar de ser fã do actor. Shame on me)
ResponderEliminarTodavia, penso: o problema estará naqueles que mostram máscaras... ou quem não vê para além delas?...
Com um ramo de :-) (sorrisos)
Só por causa disso já me apetece ver...
ResponderEliminarNão sei se encontrarei nesta terra, mas definitivamente vou procurar!
Hoje fui ao cinema ver o Ben-Hur... vim com vontade de ser uma pessoa melhor (daqui a meia hora já vai passar!!)
Parece ser um filme bem realizado e com uma mensagem importante! Adoro essa técnica de animação, dá outro ar às cenas :)
ResponderEliminarComecei a vê-lo, mas fiquei a meio! A ver se o termino!
ResponderEliminarA Vida de Lyne