| Dos livros deliciosos |

'Creio que, numa relação, o beijo terá sempre de manter a densidade do primeiro, a história de uma vida, todos os pores-do-sol, todas as palavras murmuradas no escuro, toda a certeza do amor.'

Bastou-me ler este excerto para ficar cheia de vontade descobrir este romance, que ganhou, por unanimidade, o Prémio Literário Fernando Namora 2016, e só tenho a agradecer ter-me 'esbarrado' com o autor, de quem nunca tinha ouvido falar.

Afonso Cruz tem o meu tipo de escrita e lê-lo foi ir de encontro ao que penso variadíssimas vezes, demasiadas vezes.

Flores é um livro simples, sobre o amor e a memória, sem grandes enredos ou dramas, é antes um discorrer sobre a vida de todos os dias.

E é um livro sobre as pessoas e os seus mundos interiores, que é o que sempre me apaixona.

Adorei o livro, adorei a escrita - simples, irónica, realista, pragmática, profunda - do autor e não preciso ler mais para já ser sua fã.

Mas o que quero mesmo é ler todos os romances que Afonso Cruz publicou, e o mais recente já está cá em casa (Nem todas as baleias voam) a marinar.

Não falta muito para lhe pegar.