| Bons Sons 2018 |

 

Se me acompanham há algum tempo sabem que adoro música e que nos festivais me sinto como peixito na água. 

O que não sabem é que também sinto as pessoas cada vez mais fechadas sobre si mesmas e menos genuínas, e isso faz com que este tipo de eventos (pelo menos os mais urbanos) venham a perder um bocadinho de magia.

Essa talvez seja a principal razão que me fazia querer tanto conhecer o Bons Sons: um festival que acontece numa aldeia (Cem Soldos, para os distraídos) só pode pressagiar coisas boas. 

Esteve para não acontecer este ano mas, na passada quinta-feira à noite, reservei o último quarto disponível em Tomar, segundo o Booking. 

No sábado de manhã eu e o babe rumámos ao Centro para um dia e uma noite de música nacional, confiando que, tal como tinha afirmado alguém da organização, conseguíamos comprar bilhetes no recinto.

E assim foi.

À entrada de Cem Soldos comentei com o homem que tinha as expetativas tão altas que ia ser difícil não me desiludir. E não é que não só não me desiludi como as expetativas foram superadas? 

A explicação é simples: o Bons Sons é um poço de energias boas, de genuinidade, de convívio entre todas as idades (aqui fica um beijinho especial para o Sr. João e para a sua alentejana, da tasquinha da Tonica, que tiveram direito a foto 😊), de risos fáceis e danças tolas, de simplicidade, um local onde, como li algures, as pessoas vão para ver e não para serem vistas.

Embora tivéssemos vontade de ficar até ao fim, o trabalho - o cabrão - obrigou-nos a regressar no domingo. De coração cheio e com a promessa de que, se a vida permitir (e vai permitir) para o ano lá estamos para a experiência completa, independentemente da música que por lá tocar.

Porque a música é importante, é verdade, mas o mais importante são as pessoas.

Sempre as pessoas. 

P.S.: Estou especialmente contente com duas das fotos que tirei, mas acho esta última, sem tretas, fabulosa. Não faço ideia de como é que a tirei mas, juro, saiu mesmo assim, não há qualquer edição por aqui. 😉