| No escurinho do cinema |

Só comecei a compreender e a gostar de Queen a partir dos trinta e muitos. 

Não sendo uma fã irracional, respeito a banda, tenho uma enorme admiração por Freddie Mercury e considero Bohemian Rapsody uma obra-prima, motivos que me levaram a querer muito ir ao cinema, pese embora as críticas nada simpáticas que fui lendo.

Como sou teimosa, não descansei até ver o filme com os meus próprios olhos e poder, assim, tirar as minhas próprias conclusões.

Há algumas cenas previsíveis e desnecessárias?

Sim.

É um filme brilhante? 

Não.

Deitei uma lagrimazita?

Sim (mas só porque sou uma chorona desgraçada pessoa que se emociona facilmente).

Arrependi-me de tê-lo visto?

Não.

Deu para ficar a conhecer um pouco mais do percurso da banda e levou-me a perceber que sem o carisma de Freddie dificilmente aquela chegaria onde chegou.

Deu para relembrar-me do poder que a música tem e de que toda a gente devia concretizar as suas paixões.

Deu, sobretudo, para ficar a conhecer Rami Malek, que dá um show a interpretar - de forma brilhante e irrepreensível - o Freddiezito (há quem diga que já é um dos candidatos mais fortes aos Oscars e não é difícil perceber porquê).

Posto isto, não me resta senão aconselhar-vos a ver e, pelo meio, ir trauteando qualquer coisita.