Custou-me imenso digerir, na altura, o suicídio de Anthony Bourdain, por me ser uma figura tão querida.
Sempre simpatizei com o famoso chef, era daquelas pessoas com quem me imagino horas à conversa, acho que devia ter tanto para contar…
Já conhecia este seu Cozinha Confidencial, mas só o vi ao vivo e a cores depois da sua morte – já se sabe, a desgraça de uns é o lucro de outros -, e foi nessa altura que decidi comprá-lo.
Nele, Bourdain conta episódios sobre a sua vida profissional, dá-nos a conhecer a realidade das cozinhas por este mundo fora, partilha connosco dicas e curiosidades, algumas das quais já suspeitávamos, outras nem por isso.
A impressão com que fiquei é que, além de louco q.b., Anthony era um cabrãozeco, sobretudo no início de carreira, que se foi humanizando ao longo da vida. Mas era um cabrãozeco mesmo cool, o raio do homem.
O que mais lhe admiro é a honestidade - à prova de bala -, não só perante os outros mas, essencialmente, perante si próprio, o que fazia dele um ser particularmente frontal e corajoso, como não se vê muito por aí.
Recomendo muito a leitura, leve e interessante na mesma medida, polvilhada com momentos intensos cheios de sabor.
Marta, também eu senti a partida do Bourdain como algo um bocadinho pessoal. Na altura, foi um choque imaginar que alguém tão viajado, com um entendimento tão grande e diverso das pessoas e tão cru pudesse passar por algo assim. Os programas dele foram companhias de enorme valor, aquilo sim era TV ao mais alto nível - quem diria que aprender sobre comida pudesse ensinar tanto sobre cultura e política?
ResponderEliminarSem dúvida que ele tinha uma personalidade do tamanho do mundo e o programa dele faz falta. Na altura até escrevi sobre a morte dele aqui:
https://cabecananuvemblog.wordpress.com/2018/06/10/o-tony-que-me-foste-tu-fazer/
cumprimentos!