| Quem é amiga, quem é? #2 |

A edição do mês passado da revista Vogue trazia um suplemento (interessantíssimo) dedicado ao sexo, e foi através dele que cheguei à app Desire, da qual vos falo hoje. 

Pol Gerbeau, o criador, afirma que quando chegou aos 40 o seu casamento se ressentiu, devido à sua incapacidade em conjugar o papel de pai com o de marido, e foi aí que ele se lembrou de construir a Desire, como forma de manter os casais ‘conectados’, independentemente da fase de vida em que se encontrem.

Assim, esta é uma app para os casais apimentarem a sua vida sexual - mas não só -, pelo que, em primeiro lugar, é necessário que cada um dos membros a instale (não se preocupem, não tem nada que saber). Depois é explorar e partilhar as suas múltiplas funcionalidades: entre outras coisas, a Desire permite-nos manter uma espécie de diário partilhado, enviar mensagens (sejam elas pré-definidas - por exemplo, de conteúdo amoroso ou mais picantes - ou inventadas por nós), criar uma lista de coisas a fazer (desde uma viagem a dois à lista de compras de supermercado), trocar mensagens e fotos (uma espécie de Whatsapp conjugal) e até procurar restaurantes ou eventos que existam/estejam a decorrer nas proximidades. 

Uma das funcionalidades mais interessantes permite-nos enviar desafios românticos e/ou sexuais, também criados por nós ou pré-existentes. Dentro destes últimos há alguns tão castos como propor ao outro que nos beije como se fosse a primeira vez, outros mais atrevidos como pedir ao outro que nos seduza numa saída de amigos, sem que aqueles percebam, outros que me vou abster de partilhar (descubram vocês 😏), e outros ainda que estão bloqueados, aos quais podemos aceder utilizando moedas (a esta parte ainda não cheguei). Essas moedas podem ser compradas na loja (como acontece com praticamente todos os jogos online) ou, muito melhor, podem ser ganhas. Sim, porque cada desafio cumprido dentro do prazo estipulado dá um prémio em moedas: quanto mais difícil ou spicy for o desafio mais moedas podemos amealhar.

Esta app tem algumas falhas (por exemplo, se no diário comentarmos uma referência ou fotografia mais antiga não nos é dada a indicação da data em que esse novo comentário foi feito) e só existe em inglês (nada que um Google Tradutor não resolva), mas acho que tem muitos mais aspetos positivos do que negativos, é muito divertida e é à borla, pelo que não se pode pedir mais.

A minha avaliação: 9 em 10