| O bicho vai parar (momentaneamente) de mexer |

Hoje é o último episódio da primeira série de Como é que o bicho mexe, se assim podemos dizer, e não posso deixar de afirmar que estes diretos do Instagram foram, provavelmente, o que de mais bonito me trouxe esta cona* de pandemia.

Foram praticamente dois meses a esperar pelas 23h para uma espécie de catarse coletiva, um exercício de riso e libertação e aprendizagem e despudor que me marcou profundamente.

Acho que o Bruno para (temporariamente, tal como ele prometeu à filha de 5 anos) na hora certa. Acho que para a semana vou ressacar mas, entretanto, a vida voltará ao normal, dentro desta nova e estranha normalidade.

O direto de hoje vai ser especial, como um bom até um dia destes deve ser. Segundo percebi, além de ligar para algum do pessoal do costume, o Bruno vai andar por Lisboa (e vai ter as fófis da Beatriz Gosta e da Capicua como correspondentes no Porto) a espreitar janelas, para ver quem colocou luzes de Natal ou outra iluminação especial, que foi a forma encontrada para identificar os lares que participaram nesta experiência tão engraçada e enriquecedora.

A varanda cá de casa vai ter luzes de Natal (acho que a solução encontrada foi perfeita, porque se gerou aqui uma espécie de família que dispensa presentes), e até vamos beber um copo de branco (ou dois) em jeito de cumplicidade** e agradecimento.

Estou empolgada e já um pouquitxo emocionada (sou uma chorona, é o que é), e cheira-me que vai ser um até já em grande. Que, espero, dure no mínimo até às três da manhã.

    

* A expressão cona é excessiva para o que estou a descrever, mas é também uma private joke para quem ouviu o Bruno a dizer caralhadas parvoíces por estas noites fora.

** Segunda private joke do texto.