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Ora, eu não sou nutricionista nem nada que se pareça, mas diz-me a experiência (e o bom senso) que a grande maioria das dietas (tipo 98,5%) não funciona. E a explicação é muito simples: se vamos mudar os nossos hábitos, o que passa por uma alteração e restrição dos alimentos que ingerimos, assim que terminar essa dieta - e partindo do pressuposto de que voltamos aos hábitos antigos - vamos ganhar peso novamente. Lógico, não é?
Parece-me que as pessoas têm de se consciencializar de que, para se manterem saudáveis e com um corpinho danone, têm de fazer uma alimentação equilibrada de forma permanente.
Claro que há casos e casos, claro que há pessoas que têm doenças e que, por isso, precisam de aconselhamento e acompanhamento médico, claro que há sempre exceções. Mas acho que não estou muito enganada quando digo que muita, muita gente consegue perder e manter o peso pretendido se se alimentar adequadamente.
Quando era pequenina era gordinha. Muito gordinha (mesmo tendo praticado ballet p'raí entre os 7 e os 14 anos). Foi exatamente pelos 14 anos que, como se costuma dizer, dei um salto e emagreci uns quilos, tendo ficado com o peso adequado para a minha altura.
Foi também nessa altura que prometi a mim mesma que - no que dependesse de mim - nunca mais ia voltar a ser gorda e, até ao presente, com mais ou menos uns quilos, tenho conseguido manter o equilíbrio.
Ao longo dos tempos fui lendo muito sobre o assunto e encontrei a minha forma alimentar de estar na vida, que me permite comer de tudo, mas já não comer tudo o que me apetece sempre que me apetece. Já se sabe, no pain, no gain.
Durante a semana faço uma alimentação bastante equilibrada, ao fim de semana permito-me cometer asneiras.
Por regra, durante a semana o meu pequeno-almoço é 1 iogurte natural misturado com 1 colher de chá de compota e aveia (a não ser que me atrase - o que me acontece quase todos os dias, porque me custa horrores acordar -, e aí bebo um iogurte líquido acompanhado de 5 bolachas de água e sal, das mais pequeninas).
A meio da manhã como 6 bolachas de água e sal e a meio da tarde faço o mesmo, acompanhando as bolachas com uma maçã. Se nos intervalos me apetece algo doce, como um ou outro rebuçado sem açúcar.
Ao final do dia, quando chego a casa, como 4 tostas integrais barradas com manteiga e compota e uma fatia fina de queijo flamengo (um dos prazeres do qual me recuso a abdicar).
Se o almoço é normalíssimo (carne ou peixe ou massa ou whatever, normalmente acompanhados de salada e gelatina à sobremesa), à noite tenho por hábito comer aquilo a que chamo de misturada de frutas, a saber: 1 iogurte natural misturado com 2 colheres de chá de compota, 3 colheres de sopa de aveia, 3 ou 4 peças de fruta (dependendo do tipo ou tamanho, mas sendo uma delas, invariavelmente, banana), algumas sementes de chia e uma mistura de frutos secos - normalmente sementes de girassol, passas, nozes, avelãs, etc. e tal.
Nunca como sopa, porque desde criança que lhe tenho uma grande aversão, mas sei que faço mal, e só como legumes em saladas, porque não gosto deles cozidos (sim, sou uma esquisita da pior espécie).
No entanto, se comesse sopa comê-la-ia ao jantar (principalmente de inverno), acompanhada de fruta, por exemplo.
Todos os dias antes de ir dormir como 2 ou 3 quadrados de chocolate (negro, de preferência com um mínimo de 70% de cacau já que, além de ser menos calórico do que o tradicional, é antioxidante, o que só pode ser bom).
Ao fim de semana como o que me apetecer mas não caio em grandes exageros porque, lá está, o meu organismo está habituado a uma alimentação regrada (o pequeno almoço é constituído por pão torrado com manteiga/compota e queijo, sumo de laranja natural e uma taça de morangos ou de frutos silvestres e/ou um iogurte grego, dependendo do que houver lá por casa e da fome).
Depois há pequenos 'truques' que já são hábitos para mim: bebo bastante água (sempre menos do que deveria mas, ainda assim, acho que q.b.), não bebo refrigerantes com gás, não salto refeições, abuso de ervas, alho em pó e pimenta para temperar (e, assim, uso menos sal), por regra não tenho coisas calóricas e deliciosas em casa, a não ser chocolate e, talvez o mais importante, como pouco e várias vezes ao dia.
Não sei se têm noção mas nós comemos muito mais do que aquilo que o nosso corpo precisa; por isso, que tal reduzirem gradualmente as quantidades, para que, no final da refeição, se sintam satisfeitos em vez de enfartados?
Não pensem que a minha alimentação é imaculada e que sigo as regras sempre à risca. No way! Se me apetece um bolo ou um salgado (gosto tanto de salgados, com os croquetes a encabeçar a lista) como-o sem pensar duas vezes; e há dias em que me dá uma gula tão grande que só me apetece comer tudo o que me aparece à frente e que me leva, por exemplo, a jantar batatas fritas de pacote (guilty pleasure) acompanhadas de um copo de vinho tinto. O melhor, nessas situações - digo-o também para me convencer - é não me sentir muito culpada e pensar também tenho direito aos meus devaneios alimentares, amanhã é um novo dia.
Durante as férias as facadinhas são mais do que muitas, mas isso é a exceção. E embora goste de ter uma alimentação equilibrada, gosto ainda mais de viver, com tudo o que isso tem de bom, sem me restringir a ditaduras auto-impostas. Uma vez mais, o bom senso deve imperar.
Claro que todas as regras de que falo não servem de nada (ou servem de muito pouco) se não praticarmos desporto.
Tenho-o praticado, com pausas pelo meio, ao longo dos anos: entre aeróbica, step, localizada, dança do ventre, yoga, ballet, pilates, já fiz um pouco de tudo.
A partir dos 40 senti que o meu metabolismo desacelerou e há que contrariar esse processo. Assim, atualmente faço ginástica em casa, com vídeos da net: 20 minutos diários de segunda a quinta (10 minutos de treino de alta intensidade e 10 minutos de localizada) e 10 minutos diários de treino de alta intensidade nos restantes dias (baldo-me quase sempre ao fim de semana, essa é a verdade). O pró disto tudo é que 10 ou 20 minutos não custam nada e fazem milagres, principalmente à cabeça. E depois há pequenas coisas que podemos fazer no dia a dia que podem ajudar: por exemplo, é raríssimo utilizar elevadores; a não ser que tenha de subir a um 10.º andar ou parecido, uso sempre as escadas.
Pronto, assim de forma muito resumida este é o meu plano, e espero que este post vos ajude e motive na procura de uma vida mais equilibrada e saudável. Além dos inquestionáveis benefícios ao nível da saúde, sabe tãããooo beeem ver os efeitos no corpitxo.
No entanto, tenho uma ressalva a fazer: sejam equilibrados, não se transformem naqueles maluquinhos que só comem ovos cozidos e bebem sumos detox e correm como se não houvesse amanhã e são uns chatos do caraças, ok?
É que esta vida são dois dias e há que (saber) gozar. 😉
No entanto, tenho uma ressalva a fazer: sejam equilibrados, não se transformem naqueles maluquinhos que só comem ovos cozidos e bebem sumos detox e correm como se não houvesse amanhã e são uns chatos do caraças, ok?
É que esta vida são dois dias e há que (saber) gozar. 😉
Felizmente nunca necessitei de fazer dieta, a minha genética ajudou :)
ResponderEliminarUm beijinho
O Toque do coração
Marta, agora é que disseste tudo!
ResponderEliminarConcordo contigo. A vida pode mudar se fizermos uma reeducação alimentar. Dieta, não gosto mesmo dessa palavra. Acho que nos priva muito. Temos que ser felizes e como tu dizes. Tem que haver um equilíbrio.
Apesar de ter um blog de culinária com muitas gulosices tento equilibrar-me assim como tu. Mas preciso equilibrar-me mais se é que me entendes. ehehe
~Beijinho
Eu não acredito em dietas, acredito em hábitos de vida saudáveis e que devemos manter.
ResponderEliminarGostei do teu testemunho :D
Gostei do que escreveste e concordo tanto com o final! Não há pachorra para aquelas pessoas que agora se acham uns gurus da alimentação e só bebem sumos detox com proteinas nao sei quantas e todas essas coisas chatas! x
ResponderEliminarE. ♥ Meet me for Breakfast
Adorei ler e concordo contigo. Desde pequena que lutei com as dietas, ora estava gorda ou estava magra, mas nunca consegui manter, porque assim que acabava a dieta volta tudo ao normal e voltava a engordar. Até que o ano passado decidi mudar como vejo o meu corpo e com a minha alimentação. Deixei de fazer dieta e comecei a "comer bem". Tornar me vegetariana também facilitou imenso e agora posso comer até "arrebentar" e não engordo, também comecei a praticar exercício mas do qual me dá gosto e não é castigo e parei de me exigir demasiado de mim mesma...se há um dia em que não me apetece fazer nada ou comer doces, faço, desde que seja em moderação não vejo o mal. A vida é para se viver e não acho que se deve perder tempo com dietas, devemos sim incorporar uma alimentação equilibrada e exercício moderado no nosso dia a dia, e isso torna tudo mais fácil.
ResponderEliminarMuitos beijos!
Stephanie's Daily Beauty
Concordo plenamente Marta - acho que uma dieta deveria ser permanente. Mudar hábitos alimentares só até perder o peso pretendido e depois voltar ao mesmo não é solução para nada.
ResponderEliminarE eu sei o quanto vale a expressão "No pain, no gain". Sempre fui gordinha e tenho que ter muitos cuidados para não descambar a sério. já fiz uma dieta bastante rigorosa e mudei mesmo os meus hábitos alimentares. Na altura até custou menos do que estava à espera e quando vemos os resultados é uma sensação fenomenal. Mas lá está: cheguei a uma fase em que deixei o acompanhamento e consegui manter perfeitamente. Basta sabermos o que estamos a fazer e seguir as regras.
Uns aninhos depois comecei a tentar engravidar e comecei a aumentar de peso (nada de mais). Durante a gravidez foi o descalabro e estou com excesso de peso neste momento.
(Aproveito para dizer que a amamentação não me ajuda nada a perder peso como muita gente diz!)
Acho que já me estiquei... na verdade o que eu te queria dizer era que ao ler o teu post fiquei com algum incentivo para ter mais cuidado. Mas quando se tem um homem em casa que, para além de ser cozinheiro, não engorda coma o que comer... não é lá grande ajuda!
Bejinhos
https://blogdiariodeumafamilianormal.blogspot.pt/
Dietas não faço. E dei-me conta disso o ano passado. A palavra saiu do meu vocabulário. Como de tudo. Tenho de melhorar algumas coisas que me são difíceis de resistir, posso cortar numa coisinha ou outra, mas faço questão de me alimentar bem. Se é para avariar um bocadinho o "hábito", avario e como algo de que gosto. Quando me restringia parecia quase um factor causador de ansiedade. E para piorar: andava com fome. Agora ando muito mais contente e com mais saúde.
ResponderEliminarO que disseste do exercício é mesmo isso, nos casos em que é possível, os treinos de alta intensidade são uma maravilha. Oferecem resultados bons e rápidos.
Obrigada pela visita
estou a seguir;)
Eu acho que tudo tem peso e medida. Eu já fiz dieta quando era miúda (seguida por nutricionista) mas não ajudou grande coisa. Hoje em dia quero mudar a minha alimentação, que embora já passa muito pelos vegetais e tudo mais mas estou a pensar em mudar para low carb mas ainda a pensar.
ResponderEliminarBeijinho
já eu passo a vida em dieta!
ResponderEliminarConcordo a 100%, as dietas iô-iô só resultam durante um tempo ;)
ResponderEliminarNunca fiz dietas, tento comer com moderação, ao fim de semana às vezes não corre assim tão bem...
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
Não acredito muito em dietas milagrosas, porque não as há, mas sim perda de peso de maneira saudável e com acompanhamento medico. Nada como uma alimentação saudável aliada ao exercício físico, para se perder uns quilinhos.
ResponderEliminarGostei do teu post! Recentemente fiz um assim no meu blog, alertando para os perigos dos suplementos :)
Um beijinho*
Blog | Facebook | Instagram
Tem toda a razão, amiga. O melhor é ter uma alimentação saudável todos os dias.
ResponderEliminarUm bom fim de semana.
Beijos.
Eu nunca fiz dieta, nunca precisei! Apenas acho que tenho minimamente uma alimentação saudável, sou vegetariana e como muitos vegetais, bebo muita água, etc. Mas também como algumas coisas menos saudáveis claro! :)
ResponderEliminarhttp://free-colors.blogspot.pt/
Eu nunca consegui fazer dieta e concordo que essa história de forçar extremamente uma mudança não é nada certo. Por isso, acho que é bem isso: temos que mudar os hábitos e rever algumas coisas. Acho que cada pessoa é muito única, um universo (gosta disso, não gosta daquilo, não pode comer tal coisa porque faz mal) e por isso, é muito particular. Eu, por exemplo, sou intolerante à lactose, não posso comer cebola nem alho, que me fazem muito mal (e todas as pessoas colocam cebola e alho em absolutamente tudo e por isso tenho que fazer minha própria comida se eu não quiser passar muito mal!). Então, eu me cuido, procuro comer frutas, legumes, equilibrar as coisas. Mas também amo chocolate ou uma doçura de vez em quando. Só tenho que me policiar mais pra fazer exercícios! Ótimo post, adoro esses papos sobre alimentação consciente e não no "automático"
ResponderEliminar❤
Beijos
Brilho de Aluguel
Iniciei uma dieta há quase um mês e já perdi 4 kgs!
ResponderEliminarEliminei o pão ... massa ... arroz ... batata ... leite normal e doces!
Faço refeições de 3 em 3 horas!
Vamos ver se aguento até à Páscoa para um docinho! Bj e vamos lá à dieta!!!
Não podia concordar mais, e acho que agora muita gente está a deixar de acreditar no conceito das dietas e a tentar viver de forma mais saudável, de forma permanente.
ResponderEliminarLA VEINE
Há que haver equilíbrio no que comemos.
ResponderEliminarBom domingo.
pois é..as pessoas passam mais de meio ano a encher-se de coisas gulosas e que lhes aquece a alma e o outro terço de ano, querem milagres. Não pode sr, não é??
ResponderEliminarConfesso que não faço grandes dietas, porque pratico uma alimentação moderada sem grandes excessos...
ResponderEliminarAbuso de saladas e sopa... e talvez não beba tanta água quanto deveria... mas... ninguém é perfeito, mesmo!...
Adorei o teu post, bem sincero!... Como sempre...
Beijinhos!
Ana
O que eu me farto de dizer o mesmo que tu!!!! A minha família diz que eu faço dieta, eu apenas tento ter uma alimentação equilibrada com algumas asneiras porque gosto de comer porcarias...
ResponderEliminarA minha mãe já tentou mil dietas, nunca funciona, já lhe disse que ela não tem de fazer dieta mas sim optar por uma dieta saudável e equilibrada...