09/11/2018

| Casados à primeira vista: quem (não) anda a ver? |

Imagem: atelevisao.com

Para quem não se lembra ou para quem não leu (esta segunda opção é imperdoável e dá direito a dez vergastadas sem apelo nem agravo), há uns tempos partilhei a minha angústia, consequência das dúvidas que tinha sobre a adaptação nacional deste reality show (última chance, podem ler o post aqui).
Neste momento reconheço que a versão tuga me surpreendeu pela positiva e, sem merdas e rodeios, sou obrigada a afi(info)rmar que estou agarrada.
A Diana Chaves está muito bem (gira todos os dias, pá, e quem só a veja no programa até pode pensar que ela veste bem) e os especialistas cumprem os mínimos, com alguns clichés e muito senso comum à mistura.
Mas vamos aos casados, que é o que mais interessa, concretamente ao meu casal preferido, composto pelo José Luís e pela Graça. E não é por eles serem do Porto e eu sentir uma espécie de afinidade espacial (sou de bem perto), nem pelo facto de serem charmosos ou os mais equilibrados no meio da grande confusão que por ali vai. É antes por serem engraçados e despachados, com uma honestidade e frontalidade muito próprias que talvez a idade os tenha ajudado a apurar.
Acreditava que se havia casamento que ia durar era o deles mas, entretanto, atenta aos diários do programa, percebi que o mais certo é que não. 
Desde logo porque o Conde não tem andamento para a mulher; sim, é de sexo que estou a falar. E se fico com pena, porque gosto de os ver juntos, compreendo perfeitamente a Graça, mulher cheia de vida e energia que está aí para as curvas e tem direito a receber tantas quecas quantas as que quiser dar.
Pior do que a falta de pujança do Zezito (passe a piada fácil), é o facto de ele não querer verdadeiramente uma companheira, mas antes uma empregada de limpeza a custo zero. Pelo menos é o que pensa a Graça e eu, depois de o ter ouvido dizer que ela não é grande coisa enquanto dona de casa e que já não há mulheres como antigamente, em jeito de retaliação à falta de vontade da esposa em lhe passar as camisas a ferro. E ainda teve a lata de afirmar qualquer coisa como Para isso (ter de fazer coisas em casa) mais valia ir para casa da minha mãe. A sério José Luís?
E é assim, em menos de um fósforo as minhas crenças de sonhadora são lançadas ao chão. Mas porque há que ver o lado positivo das coisas, toda esta novela me faz acreditar ainda mais numa desconfiança que tenho desde há muito, que me diz que os cotas ou velhotes não são mais sábios, são tão ou mais tontos do que nós, e que a única coisa que nos distingue é uma enganadora aparência de serenidade e paz. Estarei certa?   

6 comentários:

  1. Não vi mais nenhum formato que não o nosso, não ver TV tem destas coisas. Mas como coincide com a hora a que faço o jantar e ás vezes tenho a TV ligada tenho seguido. A Graça é uma mulher cheia de vida o Zé Luís é um homem de idade, que quer uma empregada, sopas e descanso. Sou um bocado céptica a estes casamentos/relacionamentos, todos eles, inclusive o Daniel e a Daniela, mas posso ser surpreendida.

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    1. Segundo li algures, o casal Daniel-Daniela também não vai a lado nenhum. 🤔

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  2. Por acaso também achei que o casal Graça Zé Luís fosse funcionar. Só apostava nesse e no Daniel e Daniela. Saiu tudo furado! Já não se pode acreditar no amor! ;)
    https://jusajublog.blogspot.com/

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  3. Não vi porque o programa em si ainda não me despertou interesse mas acho que fiquei curiosa e ainda vou espreitar! Beijinhos*

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  4. Não vejo. Não me despertam curiosidade esse género de programas. Vejo pouca TV.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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