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Na semana passada houve um dia em que estava especialmente furibunda por causa de merdas do trabalho (quem não tem desses dias mimosos que ponha o braço no ar) e, mal cheguei a casa ao final do dia, pronta para desligar e relaxar, liga-me a Su, que, além de minha amiga é também minha vizinha, o que dá muito jeito para situações várias.

Perguntou-me se podia passar lá em casa porque precisava desabafar um pouquito, estava especialmente furibunda por causa de merdas do trabalho (hum, onde é que já tinha visto isto?).

Estivemos um bocado à conversa, a exorcizar demónios laborais e, quando já estávamos mais calmas disse-lhe: olha, e se fossemos jantar fora e cagássemos nestas merdas? (sim, quando estou entre amigos e, ainda por cima enervada, tenho tendência a soltar a nortenha que há em mim e dizer palavrões com tanta naturalidade como a minha sede).

Escolhemos o restaurante Bold, que fica a 3 minutos a pé de nossa casa, e foi uma belíssima escolha: o espaço é muito giro, a comida estava ótima (a pavlova de frutos vermelhos estava yamiii) e fomos atendidas por uma menina super prestável e simpática, que leva com 20 pontos.

Termos saído para comer foi a melhor coisinha que podíamos ter feito: deu para desanuviar, para conversar sobre outras coisas com muito mais interesse e, no final, já nos estávamos a rir do nosso mood depressivo, até porque durante o tempo em que estivemos juntas cada uma de nós recebeu um telefonema de pessoas que nos são próximas a maldizerem o seu dia de trabalho.

E pronto, por vezes tudo o que é preciso é tão só um jantar inesperado.