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11/12/2018

| Dar pérolas a energúmenos |


Já devem ter ouvido qualquer coisa sobre o assunto: a PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) partilhou através do Twitter a sua preocupação com a utilização de expressões pouco simpáticas para com os animais, propondo uma evolução da linguagem, o que passa nomeadamente pela alteração de ditados populares. 
Assim, a organização sugere que, em vez de se pegar o touro pelos cornos se pegue nas flores pelos espinhos, ou em vez de se matar dois coelhos de uma cajadada só se passe a fazer algo como alimentar dois coelhos com a mesma cenoura.
O PAN, sempre à frente, apoia a ideia, e o deputado André Silva já começou a adequar a sua linguagem, substituindo a expressão em águas de bacalhau por em águas de tremoço, e em vez de virar frangos passou a virar pimentos (?!?!).
Adoro animais e respeito todas as iniciativas e organizações que os protejam, mas há que cumprir critérios de razoabilidade e de bom senso. 
Na minha opinião, esta nova 'preocupação' é radical e sem fundamento, apenas uma parvoíce de quem não tem nada de útil para fazer. Afinal, não é pelo facto de dizer matar dois coelhos de uma cajadada só que o faço, o deixo fazer ou desculpo/simpatizo com quem o faça, certo?
Mas se é para substituir expressões ou ditados, então o mínimo que se pede é que sejam propostas alternativas lógicas. Cabe na cabeça de alguém pegar-se nas flores pelos espinhos? É que isto não é só uma alteração vocabular, é uma regressão comportamental que roça a burrice e nisso, meus caros, não posso dar-me ao luxo de alinhar.
E será que pensaram seriamente na forma de alimentar dois coelhos com a mesma cenoura? Alimentam-se os dois ao mesmo tempo ou à vez? Divide-se a cenoura ao meio ou cada um rói do seu lado? Há toda uma logística associada às coisas que é preciso precaver antes de se mandar larachas para o ar. Ou devia haver.
Porque estou aqui para ajudar, que se é para alterar a linguagem ao menos que isso seja feito com inteligência (tsts), aqui vão as minhas propostas:

- Grão a grão enche a galinha o papo passa a Grão a grão enche o africano o papo: Não é novidade, mas estou a pôr-me a jeito para ser linchada na praça pública, acusada de xenofobia e racismo, entre outros epítetos fofinhos;
- A curiosidade matou o gato passa a A curiosidade matou o curioso: Muito melhor, antes morrer um Homem do que um animal, arre;
- Gato escaldado de água fria tem medo passa a Gato constipado de água fria tem medo: Ao menos tem medo por força de causas naturais, não é porque alguém andou a escaldar o pobre coitado.
- Cão que ladra não morde passa a Homem que berra não fode: Toda a gente sabe que quem muito fala pouco age e, por isso, basta estarem atenta(o)s aos sinais ;
- Quem tem medo compra um cão passa a Quem tem medo compra uma arma: Tal e qual defende o Trump, esse visionário amigo dos animais.

A minha parte está feita. Como não posso ser eu a fazer o trabalho todo, fico à espera das vossas contribuições. A bem de uma melhor e mais saudável linguagem. 😑

5 comentários:

Abanar do Ser disse...

Acho ridículo este extremismo, que não faz sentido nenhum... além de que há expressões, que mencionam animais e não só, e tem um contexto histórico muito engraçado (estou a lembrar por exemplo do: "tirar o cavalinho da chuva". Muitas das expressões que dão como alternativa não têm nada a ver com a moral da expressão original!
Haja paciência!

_ Gil António _ disse...

Gostei de todas as alterações impostas pela autora - penso ser autora - da prosa.
M;as a que gostei mais foi de...Cão que ladra não morde .....homem não f...

É que agora nem a brincar chego ao pé da minha namorada e lhe digo: Ão âo ão, dava-te uma dentadinha como um cão, lol

Só penso, não "ladro", lol
.
……………Poema de hoje ………………….
*** Labaredas que aquecem o nosso coração ***

Catarina Sofia disse...

Estou completamente de acordo!

Ana Freire disse...

Acções concretas, são bem mais importantes, do que andar a brincar aos ditados populares... dando-lhes ainda uma maior importância... pela negativa... acho eu!
Enfim!... Lindos ideais, de quem não tem muito que fazer... ou que estará mais apostado, em evitar fazer algo de concreto...
Beijinhos
Ana

Beatriz Sousa disse...

Está tudo maluco, agora até as expressões querem mudar