Como sabem, pelo menos alguns de vós, vim para Oeiras por amor.
Essa mudança teve várias consequências, nomeadamente a nível profissional. Continuo a ser jurista, mas vim trabalhar para um sítio novo, o que exigiu, claro, estar disposta a recomeçar e a adaptar-me.
E como foi fácil essa adaptação: fui recebida de braços abertos, por pessoas maravilhosas que já considero amigas e que me fizeram sentir completamente integrada. Em meia dúzia de meses construímos uma equipa de trabalho sólida, competente, unida e divertida.
Como estava tudo a correr tão bem, questionava-me volta e meia quando é que aquilo ia acabar, porque a vida me ensinou que tudo o que é demasiado bom acaba mais rápido do que começou.
Pois bem, esse momento chegou. Não vou contar pormenores (compreendam que não posso fazê-lo), apenas dizer que ocorreram mudanças – algumas impostas, outras por opção - que implicaram, uma vez mais, mudar de local de trabalho.
Encontro-me agora em modo readaptação e, ao contrário da anterior, esta fase está a ser difícil e complicada, com a minha frustração a atingir níveis históricos, principalmente porque já não tenho a paciência que tinha (uma característica que a idade me tem roubado a olhos vistos), nem a ingenuidade inerente à inexperiência de início de carreira.
Tenho feito um esforço por acreditar que as coisas vão melhorar (caso contrário já andaria a bater com a cabeça pelas paredes), e esperado - impacientemente - por melhores dias. Mas é difícil fazê-lo porque sei que fui usada, que fui jogada como uma peça de xadrez, sem que tivessem ponderado sequer que sou humana, que tenho vontades e medos e dúvidas e sentimentos. Tudo para que quem me usou atingisse um objetivo (espero que estejam felizes, o objetivo foi cumprido, podem passar à próxima peça de xadrez).
Bem lá no fundo acredito que a situação vai melhorar e reconheço que já passei vezes sem conta por situações idênticas, difíceis, custosas e positivas, que me levaram sempre mais além, não obstante na altura não tenha conseguido perceber porque é que estava a passar por elas. Só mais tarde compreendi que no pain, no gain.
Pela minha sanidade mental tenho de me agarrar a isso, perceber que este é mais um obstáculo que, como sempre, vou conseguir ultrapassar, que me vai fazer mais forte e mais eu. E por muito tortuoso que o caminho possa ser, estranhamente, no fim acaba sempre por compensar.
7 comentários:
Bom dia. Li com atenção. Apraz-me desejar-lhe muita força e sorte a todos os níveis.
Hoje:- Quando os dias pesados me abatem o rosto
Bjos
Votos de uma óptima Quarta-Feira .
Marta, a nossa vida profissional muitas vezes e infelizmente deixam-nos mazelas por vezes difíceis de curar.
Dou gracas a Deus que neste momento estou numa situação profissional mais calma, não deixando nunca de exigir responsabilidades.
So lhe posso desejar que brevemente tudo se recomponha.
Beijinhos
Sandra C.
bluestrass.blogspot.com
É manter o pensamento de que "no fim acaba sempre por compensar".
Que este momento menos bom passe rápido e que a frustração dê lugar a novas conquistas.
Beijinhos
Tens o pensamento correcto... No fim vai tudo correr bem e provavelmente vais ver que foste levada para onde tinhas de ir...
Força!
E é assim que tem que pensar e pensa que se aconteceu é porque algo melhor está por vir. Força!
Esses desafios para ti é pinétes!!!! vai melhorar de certeza tu sabes como domar as feras!!! beijinhos enormes!!!
Ser forte e não deixar que nos pisem é essencial!!!
Enviar um comentário