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05/06/2019

| Quem tem medo da boa(zona)? |


Há uns dias, a TV7 Dias fez capa com a poderosa Cristina Ferreira, de onde constava, em letras garrafais, a afirmação ‘Os homens fogem dela’, complementada com a seguinte anotação: ‘Eles sentem-se intimidados e inferiores com a sua liderança, independência e «energia masculina»’.
A apresentadora veio reagir, devido às inverdades que terão sido publicadas (não sei pormenores nem tão pouco quero saber, que só vi a capa numa bomba de gasolina, local perfeito para atualizações-de-cusquices-em-modo-express) mas nunca duvidei, no entanto, de que a afirmação ‘Os homens fogem dela’ seja plenamente aplicável ao caso Cristina Ferreira.
Vamos lá ver uma coisa, para começo de conversa:
Os homens têm medo de mulheres que sabem o que querem, que pensam e agem por si e não precisam de ninguém (deles) para viverem a sua vida (acho que é mais ou menos isto que a TV7 Dias queria dizer quando utilizou a infeliz expressão ‘energia masculina’).
Partindo desta base, podemos agora desconstruir um pouco este princípio, para que o mesmo não pareça tão bruto.
Não serão todos os homens a ter medo das mulheres independentes (estaria a ser injusta para os que não têm, incluindo o meu), mas não tenho dúvidas de que a maioria deles se sentem intimidados por mulheres que não pedem licença para dizer um ai nem necessitam de aprovação para darem um passo ao lado da linha corrente. 
E digo isto com a certeza de quem já passou por isso: durante anos estive e vivi sozinha (sempre preferi estar só do que viver relações que não me enchessem as medidas ou para estrangeiro ver) e muitas vezes senti que os homens não se aproximavam de mim porque a minha autossuficiência os assustava. E pronto, é isto. 
Agora pensemos: se isso sucedia comigo – independente e segura, é certo, mas uma desconhecida cujo trabalho dava para pagar as contas e para fazer algumas (poucas) coisas - imagine-se com a Sô Dona Cristina, que é gira e boazuda todos os dias, que não precisa de gajo nenhum para lhe segurar as pontas, que deve ter massa p’ra chuchu e, coisa pouca, é uma das pessoas mais influentes e poderosas do nosso Portugal.
Não conheço a vida dela, é certo, mas posso jurar que há muito homem por aí que lhe deve ter pavor. E, digo mais, se um dia destes lhe aparecer um dos corajosos, há uma probabilidade boa daquilo acabar em paixão.

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