Ao segundo filme
(Antes do Anoitecer, de 2004) apanhei-o a meio na televisão, já há uns anos, e
fiquei colada ao ecrã! No entanto, nunca tinha visto o primeiro (Antes do
Amanhecer, de 1995) pelo que fez todo o sentido, em fim-de-semana cinzentão de
outono, fazer uma maratona e vê-los aos três.
Há quem defenda que o
último (Antes da Meia-Noite, de 2013) é o melhor dos três filmes, mas eu não
consigo escolher: são os três deliciosos, cada um à sua maneira. Posso, isso
sim, afirmar que este último não fica nada atrás dos anteriores, o que é obra, considerando que estamos face a uma trilogia e que, por regra, a partir do
primeiro é sempre a descer!
Faço uma grande vénia
a Richard Linklater, o realizador, que, sem efeitos especiais, ou uma história
intrincada, ou montes de tiros e ação, ou sei lá o quê, consegue uma obra
primorosa, somente com recurso ao texto extraordinário que nos põe a pensar
sobre a vida e o amor e o desejo e a morte e tantas outras coisas.
Ethan Hawke está muito
bem mas é Julie Delpy quem me enche as medidas: adoro a personagem e a forma
como a atriz a construiu, o que me leva a questionar porque é que a mesma nunca
saltou verdadeiramente para as luzes da ribalta. Mistério…