Se,
por regra, já consumo muito cinema, agora ando a papar filmes como se não
houvesse amanhã. Mas o facto é que os Oscares estão aí à porta e gosto de
assistir à cerimónia com o trabalho de casa feito, para poder tirar as minhas
conclusões com conhecimento.
Estes
foram os 4 últimos meninos que vi, todos nomeados para melhor filme do ano.
‘The
Imitation Game’ - sobre o brilhante matemático Alex Turing, que quebrou o ‘indecifrável’ código da Enigma,
a máquina utilizada pelos alemães na Segunda Guerra Mundial (com um Benedict
Cumberbarch gigante no papel principal), - e ‘The Theory of Everything’ - que
se concentra principalmente no 1.º casamento de Stephen Hawking, e que Eddie Redmayne encarna, de uma forma
muito terna, na perfeição (cheira-me a Oscar de melhor ator!) – são belíssimos
filmes, na minha opinião, mas não tão fortes quanto os outros dois. E isto pelo
simples facto de que as histórias verídicas por detrás desses filmes já são de
si tão fortes que não era difícil (digo eu, do alto da minha ignorância)
transformá-las em belos pedaços de cinema. No entanto, acho que a
(conservadora) Academia não pensa como eu.
‘Whiplash’, sobre a
relação tirânica de um professor e um aluno de bateria (J.K. Simmons está
fortíssimo na corrida a melhor ator secundário como o impiedoso mestre do jazz
Terence Fletcher) é muito bom, obsessivo e
original o bastante – não é normal a bateria ser o instrumento chave de um
filme, e isso agradou-me a lot.
'Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)', do mexicano-que-faz-sempre-filmes-que-adoro Alejandro González Inãrritu, é o meu preferido, uma espécie de tragicomédia existencial sobre um ator em queda, que tenta desesperadamente
regressar à ribalta. Filmado de forma a parecer uma permanente sequência, é
demasiado inovador e out of the box
para ganhar o Oscar.
Michael Keaton, no papel principal, está no ponto e Edward Norton (também nomeado para
melhor ator secundário) não para de me surpreender. Temos ator e dos bons!
Já a nomeação de Emma Stone para melhor atriz secundária (de quem gosto tanto, tão gira e com
paletes de bom gosto!) me parece um bocadinho exagerada. A ver vamos.
No dia 22 de fevereiro lá vou estar a acompanhar a cerimónia em direto e a mandar
bitaites na página de Facebook aqui do blog (note-se que, no dia seguinte
trabalho, pelo que já antecipo um dia diabólico, mas é a isto que obriga o amor
à sétima arte). Se se quiserem juntar à festa e disparatar comigo comentar
prémios, fait-divers e, claro, trapinhos, basta gostarem do fashiONoir no
Facebook (o link está aí do lado direito) e comparecer à hora marcada.
P.S.: Desculpem o testamento mas começo a falar escrever sobre cinema e não consigo parar.