Terminou ontem a edição deste ano do evento, que contou com
a apresentação de 19 coleções outono/inverno 2013-14.
Para quem, como eu, não pode apreciá-las ao vivo, fiz uma
seleção dos meus looks preferidos, só destacando aqui as coleções de que gostei
(não vale a pena alargar-me sobre aquelas de que não gostei nada ou que não me
encheram as medidas, salientando apenas que não as achei especialmente
favorecedoras da silhueta feminina).
Centremo-nos, então, no que verdadeiramente interessa!
Luís Buchinho
Inspirada na Revolução dos Cravos, esta coleção - de
influências masculinas e de cortes minimais - baseou-se na procura de uma
mudança de mentalidade que reforçe a identidade nacional.
Saymyname
Denominada stratosphérique, esta coleção pretende transmitir
emoções e ideias abstratas, inspiradas no trabalho da artista plástica
Victorine Muller. É composta de coordenados com um toque desportivo e
futurista, sofisticados mas também minimalistas.
Aleksandar Protic
Esta coleção demonstra um trabalho notável ao nível do corte
e silhuetas, inspirada na religião e no espiritual enquanto formas de crença
pessoal, mas não levadas ao extremo, na prática.
Pedro Pedro
Um filme western americano serviu de inspiração a esta
coleção (uma das minhas preferidas!), na qual o criador tentou harmonizar
feminilidade com toques de masculinidade. A mim agradou-me sobretudo estar face
a uma mulher despretenciosa, urbana e, porque não dizê-lo, livre?
Alexandra Moura
Silhuetas extremamente femininas, estruturadas e cheias de pequenos
pormenores que lhes acrescentam requinte (e muita pinta)!
Nuno Baltazar
Para esta coleção, o estilista inspirou-se em Orlando, filme
de Sally Potter (1992) que segue e viagem de um homem do século XVI ao longo de
400 anos, as suas relações e vivências, o que se traduz numa oscilação entre o
masculino e o feminino.
Baltazar pretendeu rejuvenescer a marca, com a introdução de
peças mais quotidianas e jovens, mas mantendo a sua identidade. Na minha
opinião, fê-lo muito bem!
Marques' Almeida
Muito streetwear, o mote desta coleção foi qualquer coisa
como: a mulher pisou uma passadeira vermelha. No entanto, esta é uma mulher
nascida dos seus criadores, ou seja, um pouco out of the box, o que implica que
seja diferente e necessariamente irreverente.
Dino Alves
O objetivo do criador foi, com esta coleção, contar uma
história, como se se percorresse as páginas de um livro. Daí os cortes fluídos,
plissados e pregas utilizados.
Dino Alves inspirou-se ainda nos hábitos dos monges e
freiras, já que o conceito surge do ensino nos colégios no tempo do Estado
Novo.
Imagens: Vogue.pt
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