Certa vez, à conversa com a minha amiga Gui sobre o que andávamos a
ler, calhou ela falar-me de Valter Hugo Mãe. E falou dele com tanto entusiasmo,
com um brilho tão grande no olhar, que soube logo que tinha de conhecer o
trabalho do autor.
Assim que comecei a ler “A máquina de fazer espanhóis” percebi o porquê
daquele brilho e, instantaneamente, me deixei enfeitiçar pela escrita de
Valter. Não sei explicar mas a forma como escreve tem um efeito encantatório
qualquer que me leva a não querer parar.
Mais tarde li “No nosso reino”, e terminei agora o seu livro mais
recente, “A desumanização”, onde o escritor esventra a morte como nunca tinha
visto, penso que num exorcismo libertador muito próprio, profundo e penoso.
Um livro difícil mas, ainda assim, tão bonito, mas tão bonito…
Foi por isso
com um enorme prazer que fui assistir à apresentação da sua última obra e conversar
um pouco com Valter, uma pessoa muito prática e sábia, muito mais simples do
que imaginava.
Para mais, ainda
tive o prazer de ver o meu exemplar autografado! Embora a letra pareça de
médico, pelo que foi um exercício difícil de descortinar, foi esta a dedicatória
do autor: “À Marta, com um beijinho
amigo, o modo de seguir lendo, ainda, gente.”
Não diria
melhor! :)
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