Até à noite dos Oscares, que vai acontecer a 28 de fevereiro, ando a papar filmes em dose extra. Já há uns três anos que sigo a cerimónia em direto e este ano não vai ser exceção. Claro que no dia seguinte ando tipo zombie, depois de 3 horitas de sono, mas a paixão pelo cinema a isso obriga. Nada de grave! :)
Então vamos a eles:
The Danish Girl, de Tom Hooper, baseia-se na história verídica de Einar, um pintor que sente ter nascido no corpo errado, tendo sido a primeira pessoa a submeter-se a uma operação de mudança de sexo.
Eddie Redmayne é Einar/Lili, nomeado, sem surpresas, para melhor ator. Este ano estou convencida de que é o DiCaprio que leva o Oscar para casa, mas Redmayne é um candidato fortíssimo.
Alicia Vikander, que interpreta o papel de Gerda, esposa de Einar, foi uma belíssima surpresa: não conhecia a atriz e vi este filme antes de terem saído as nomeações, mas fiz figas para ela estar no rol das nomeadas a melhor atriz secundária. Feliz e muito justamente está!
É um filme sobre pessoas corajosas e muito bonitas; a relação entre Einar/Lili e Gerda é uma grande lição de amor, que muita gente devia apreender e praticar.
The Big Short, de Adam McKay, está nomeado para melhor filme e retrata a história (verídica, também) de 4 homens (geniozinhos, diga-se) que anteciparam o colapso global da economia dos EUA - o que veio a suceder em 2008 - e apostaram na crise imobiliária para lucrar com a tragédia que veio a acontecer.
Este filme podia chamar-se de Economia para totós, já que os termos técnicos nos são explicados por personalidades conhecidas que nada têm a ver com o filme, como o meu querido Anthony Bourdain. É um filme rápido e leve, não obstante o tema.
Christian Bale está nomeado para melhor ator secundário, na minha opinião muito bem. Na sua primeira aparição no filme não o reconheci à primeira e perguntei-me logo 'mas quem é este gajo?'.
The Revenant, de um dos meus realizadores preferidos - Alejandro Gonzaléz Iñarritu - está nomeado para 12 Oscares, nomeadamente de melhor filme, realizador, ator e ator secundário, e estou convencida de que vai ganhar muitas das estatuetas para o qual foi indicado.
Uma história - também baseada em factos verídicos - de sobrevivência, força e coragem anormais de um lutador (Leonardo DiCaprio está divino), o que me levou a perguntar, várias vezes, 'como é que este homem ainda está vivo?'.
Note-se que Iñarritu decidiu que este filme iria ser integralmente filmado com luz natural, o que é tanto de louvar como de loucos!
Tenho muita pena de não o ter visto no cinema, porque ele merecia.
Um grande filme, seguramente dos melhores de 2015.