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03/03/2020

| Conversa-coninhó-deprimente |

Desde criança que ouço dizer que, no que toca a doenças, os homens são uns coninhas. Como este tipo de afirmação é quase sempre feita por mulheres, de certeza que logo de seguida vem outra, do género eles deviam era parir, para saber o que é bom (eu própria já dei comigo a afirmá-lo, ainda que não seja mãe, mas uma pessoa tem de se agarrar a verdades universais para uma argumentação inabalável, certo?).
Desde criança que tive tendência a acreditar que, neste campo, os homens são uns coninhas, e a idade adulta veio comprovar-mo por a+b.
Tomando por exemplo o meu homem (que é aquele que está mais a jeito e do qual tenho mais conhecimento de causa), o caldo está entornado se lhe aparece uma gripezita. Como já passei variadíssimas vezes pelo mesmo - e ninguém põe em causa que estar com gripe é uma merda -, sei do que falo. 
Aos primeiros sintomas parece que foi mordido por um bicho que lhe absorveu a energia toda, quando a coisa piora fica com aquele ar de quem está a morrer, alternando o olhar de carneiro mal morto com a pose moribunda, numa sequência que se repete em loop até os sintomas começarem a desaparecer.
O gajo, ainda neste campo das maleitas, tem uma particularidade, e quanto a esta já não sei se ela é transversal a toda a ala-coninhó-masculina. 
Acham que quando se magoa (por exemplo, porque bate com o joelho num canto qualquer), desata a dizer todas as obscenidades e mais algumas, como fazem as pessoas normais?
Claro que não. 
O meu homem fica ali num estado estranho de semi-rigidez, e começa a disparatar se alguém se aproxima a perguntar Estás bem? Precisas de ajuda? 
Pior é se lhe tocamos, porque aí começa a berrar Não me toquueeeeessssss!, só voltando ao estado normal ao final de uns minutos.
Na primeira vez que esta cena sucedeu e fui ter com ele, aflita, a saber em que ponto estava, fiquei estarrecida com a reação.
À segunda já só perguntei ao longe o que lhe aconteceu e retomei a minha vidinha, até ele estar em condições de ter uma conversa normal.
Agora quando ele se magoa só me dá vontade de rir (não, claro, pelo facto de se ter magoado, mas pela reação atípico-parva que já sei que aí vem), mas também já aprendi que não posso rir alto, porque o gajo não leva a bem. Assim, resta-me fugir para um canto qualquer onde me possa rir à vontade e esperar que ele, após o choque, regresse até mim no seu estado normal.
Vá, meninas, contem-me tudo: os gajos das vossas vidas são só coninhas ou têm coninhó-particularidades como o meu? 

1 comentário:

Abanar do Ser disse...

De todos os homens com quem lido, posso garantir que sim são todos assim! Tenho um tio que basta bater com um cotovelo (a titulo de exemplo) na parede com um pouco mais de força que pronto, lá se ativa o modo Drama Queen... entre asneiras e esgares que demonstram uma dor atroz faz ali uma fita digna de um óscar! Não deixa de ser giro, tento encarar com ligeireza porque não há muita paciência para dramas.