.backtotop { position: fixed; bottom: 20px; /* increase value to move position up */ right: 0px; /* increase value to move position left */ } .backtotop:hover { background-color: #333333; /* color of background on hover over */ color: #ffffff; /* color of text on hover over */ text-decoration: none; /* no underline */ bottom: 10px; /* increase value to move position up */ right: 0px; /* increase value to move position left */ padding: 10px; /* add space around the text */ } .jump-link { text-align:right; } .jump-link a { text-align:right; font-size:15px; padding:10px; border: 1px solid #000; background-color:#ccc; color:#000; font-weight:bold; } -->

22/11/2018

| Do que a vida nos ensina |


Há uns anos, numa entrevista que o Herman José deu a uma qualquer revista, marcou-me especialmente uma afirmação sua, algo como sou muito desconfiado com as pessoas, só lhes dou hipóteses quando as conheço suficientemente bem para poder confiar nelas.
Na altura fiquei algo triste e até com pena desta visão tão negativa sobre os outros (tanto, que não mais me esqueci disso), mas as experiências levaram-me a ser bastante parecida e a aperceber-me de que esta ‘estratégia’ nos poupa dissabores aos quilos.
Enquanto jovem sempre tive uma visão oposta da coisa: acreditava na boa vontade e na bondade de todos até que me provassem o contrário.
Era, reconheço, uma visão romântica e ingénua de quem queria muito que o mundo fosse mais branco do que preto, mais risos do que choros, mais dar do que receber.
E de tanto receber os outros no meu pequeno mundo de braços abertos e mente limpa, e de tanto me magoarem exatamente por ser assim, fui-me fechando e acabei por me transformar numa pessoa desconfiada, observadora e analista, que só se dá quando sabe (ou pensa saber, nestas coisas não há verdades absolutas) que se pode dar.     
É esta uma forma de estar não tão bonita quanto a anterior? É. Mas digo-o sem mágoa, que me sinto em permanente construção. E é tão compensador descobrir, saboreando, alguém que tem os mesmos padrões e valores. E quase tão bom é saber, ao final de pouco tempo de convivência, que não me interessa a proximidade de determinada pessoa, sem que esta conclusão implique traições ou mentiras ou dramas ou confusões. Antes um percurso simples e natural.
À conta desta forma de ver o mundo tenho um núcleo duro muito restrito, mas não rígido ou intransponível. Continuarei sempre de braços abertos e mente limpa a quem vier por bem.

6 comentários:

Larissa Santos disse...

Ou seja... muito cautelosa. :))

Hoje: Viagem à gratidão

Bjos
Votos de uma óptima Quinta - Feira.

A Paixão da Isa disse...

pois é hoje em dia nao é facil fazer confiaçna as pessoas atençao nem todas mas a vida ela é mesmo assim bonito o teu post bjs

Vânia Calado disse...

Acho que é normal confiar muito nos outros quando somos mais novos e depois quando crescemos percebemos que há coisas que demoram o seu tempo, ficamos mais atentos :)

Beijinhos

Vânia disse...

Concordo contigo, dos outros temos que esperar sempre o melhor e o pior enquanto não os conhecemos e até mesmo, por vezes, depois de conhecermos (ou julgarmos que conhecemos). Não temos que ser rezingões, nem tão pouco ingénuos, temos sim de encontrar um equilíbrio que nos proteja nas relações que estabelecemos com os outros. E sim, rodear-nos sempre de quem nos faz e quer bem.

Andreia Barbosa disse...

Para mim a melhor forma de lidar com as pessoas é esperar o melhor e o pior lado delas... assim, quando algo correr mal, não nos afetará de uma forma tão profunda. Ainda assim, é certo que ainda existem por aí muito boas pessoas que merecem toda a confiança!

http://cidadadomundodesconhecido.blogspot.pt

Coisas de Feltro disse...

Também já fui de confiar e acreditar nas pessoas, mas a vida ensinou-me. E agora, para mim, não confiar não é exactamente o contrário de desconfiar, se é que me faço entender. Não confio e mantenho uma certa distância emocional, sem amargura ou cobranças, dando espaço às pessoas para elas serem genuínas sem me magoar por isso.