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18/11/2019

| Olha para o que eu faço, não olhes para o que não digo |


Tenho por princípio viver o dia-a-dia, muito dentro do espírito carpe diem
A verdade é que, exceto naquelas situações em que isso é impossível, não faço grandes planos para o futuro (a experiência diz-me que saem quase todos furados) e não gosto de antecipar situações ou emoções porque, diz-me a experiência também, há uma grande probabilidade de estar a sofrer ou a preocupar-me desnecessariamente, já que, na maior parte dos casos, as coisas não vão correr como esperávamos ou acabam por não acontecer de todo.
Por outro lado, não gosto de frases feitas nem clichés, tendo perfeita noção de que, por vezes, não é possível fugir-lhes, tal a identidade com a realidade. Essa minha aversão à frase feita leva-me sempre a desconfiar do conceito de coaching, que tendo a equiparar um pouco ao conceito de seita, tipo IURD. Medooooo, muito medo (significa isto que não obstante pratique o carpe diem, nunca me verão a utilizar essa expressão para me definir numa qualquer rede social, como estou farta de ver, e que me leva a fugir a sete pés sempre que isso sucede comigo; medooooo, muito medo).
Vem esta conversa a propósito de uma notícia que li e que me fez pensar: porra, Marta, às vezes és mesmo espertinha (cof, cof). Então: 
Segundo um estudo da Universidade Estadual da Pensilvânia, 91% (NOVENTA-E-UM-POR-CENTO) das preocupações da maioria da população - como o trânsito, uma eventual zanga no trabalho, não ter dinheiro para a conta da luz, o receio de uma doença, o que fazer para o jantar, as alterações climáticas, etc, etc. - nunca irão ocorrer. Assim, pior do que estarmos a sofrer com algo que o mais certo é não acontecer, este excesso de angústia permanente leva a situações de depressão e transtornos de ansiedade, transtornos esses que alimentam expetativas desajustadas em relação à vida.
Posto isto, toca a descomplicar, minha gente. 
E, já agora, carpe diem.

P.S.: Se afirmarem que eu vos disse carpe diem fiquem sabendo que nego peremptoriamente, está bom?

2 comentários:

Dora (Blog Desabafos de Mãe) disse...

Simplificar e deixar andar! (saiu-me agora mas parece-me um bom lema, se bem que nem sempre o ponha em prática, posso ir tentando…)
Bjs e boa semana!!

Graça Pires disse...

Também sou pelo "carpe diem"...
Uma boa semana.
Um beijo.