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11/12/2017

| Porque continuamos a fazer isto a nós próprias? |

Imagem: gettyimages


Muito se tem falado sobre a desigualdade entre o sexo feminino e o masculino e o tanto que nos falta percorrer para chegarmos a um princípio de equilíbrio.
Sabemos que a sociedade é preconceituosa e machista e não vejo sinais de, a curto/médio prazo, poder ocorrer qualquer alteração a nosso favor.
Embora ao longo dos tempos já me viesse a aperceber do que vou afirmar, ultimamente aconteceram algumas situações relativamente próximas de mim que fizeram com que as dúvidas que tinha se dissipassem. Para ser honesta, acho que foi mais um ter de reconhecer os factos mas, por me custar aceitá-los, posso ter andado, de forma algo inconsciente, a adocicar a coisa.
Depois deste banho de realidade, sou obrigada a admitir que o facto de nós, mulheres, continuarmos a ser consideradas o sexo fraco - que tem de dar prioridade à casa e à família, que não pode dar um passo autónomo sem o beija-mão do marido/companheiro/ou o que quer que seja, que tem de relegar os seus objetivos em função de outrém - é, muito frequentemente, culpa nossa.
(Obviamente não estou a afirmar que é sempre assim, era mau demais, estou somente a dizer que isso continua a acontecer em muitos mais casos do que seria expetável.)
Tenho visto mulheres próximas de mim - e vivo em Leiria, que não é propriamente uma aldeia do Alentejo profundo - a assumirem o cargo de donas de casa e de mães, como se isso fosse a sua única tarefa na vida, tenho visto mulheres a não fazerem as coisas mais simples ou algo que lhes apeteça porque o marido/companheiro/ou o que quer que seja não ia gostar, tenho visto mulheres a aceitarem passivamente atitudes de controlo e de superioridade porque, imagino, era assim no tempo das mães e, a continuarem a agir assim, vai ser assim no tempo das filhas.
Tudo isto, este constatar de uma realidade tão triste e pobre, mais do que me revoltar e envergonhar (e revolta e envergonha um bocadinho) causa-me uma profunda desilusão. 
E o curioso é que, pela minha forma de estar na vida  - autónoma e independente - sinto que as mulheres que aqui retrato consideram que não bato muito bem, com estas manias de achar que sou dona de mim e do meu destino.
Somos mesmo um bicho estranho, não somos?

28 comentários:

Graça Pires disse...

Também me custa a entender. Mas acho que já alguma coisa se tem feito para que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens. Claro que há mulheres para todos os estilos e com reacções diferentes perante a vida...
Uma boa semana.
Um beijo.

Larissa Santos disse...

Boa tarde. Não acho que somos " esses bichos" Apenas-por vezes- mal compreendidas :)Excelente texto.


Hoje:-Prometeste-me um dia d'amor em alto mar.

Bjos
Óptima Segunda-Feira


pequenasvontades disse...

Somos ainda uma sociedade com muito para aprender. É difícil para mim aceitar que ainda haja mulheres que se colocam ou se deixam colocar em segundo plano apenas porque sempre assim foi.

Gabi disse...

Pra mim tudo é uma questão de escolha. Eu não vejo problema nenhum em mulheres que ESCOLHEM trabalhar em casa, se dedicar aos filhos, etc. Uma pena, no entanto, que essas sejam a minoria. Sim, há uma pressão enorme de maridos, e até da sociedade, para que elas o façam. Aqui na Suíça, em razão do custo alto de daycare, é normal que a parte do casal que ganha menos acabe não trabalhando por uns anos, até a criança começar a ir à escola pública. E aí, quem ganha menos? Na esmagadora maioria, a mulher. As vezes eu acho que vivemos numa bolha de igualdade, nos relacionamos com pessoas que não tem pensamentos retrógrados, e acabamos esquecendo que o mundo lá fora ainda é muito cruel.

Sara C. disse...

Partilho da mesma opinião que tu, é algo que ainda se vê muito hoje em dia!
Beijinho

abriga-tecomigo.blogspot.pt

Betty Gaeta disse...

Oi Marta,
Minha avó já era independente e trabalhava fora. Minha mãe era médica, minha tia era engenheira. Eu sempre trabalhei fora e minha filha trabalha tb. Não me cabe na abeça a ideia de uma pessoa, seja de que sexo for, ficar presa em casa atuando só na área doméstica sem produzir nada de que possa se orgulhar no futuro.
Bjs

Isabel Margarida Simões disse...

Nesse aspeto as próprias mulheres por vezes conseguem ser mais castradoras que os homens. O que é ainda mais triste.

Vânia disse...

Por mim, não tenho nada contra mulheres que por decisão própria optam por cuidar da casa, dos filhos, dos maridos, ser ótimas cozinheiras e donas de casa. Nada contra, se é isso que escolheram e são felizes dessa forma. Da mesma forma que nada contra as que não são vocacionadas para isso e têm outros interesses, ou ainda daquelas que conseguem estoicamente conjugar tudo isso e muito mais. Não somos nem temos que ser todas iguais, e ainda bem. Lamento, contudo, pelas mulheres que não têm as vidas que querem ter, nem força para lutar por isso. Ou as que acham que não têm direito a tudo, ao melhor e a ter a vida que gostariam. Preocupa-me as mulheres que silenciam os seus desejos, que perdem oportunidades e que vivem frustradas. E muitas vezes são essas mulheres as maiores opressoras das outras, aquelas que vivem vidas plenas e se sentem confortáveis com o modelo de vida que escolheram. Isso sim, é uma pena.

Manuel Veiga disse...

uma longa caminhada.
ainda bem que hoje em dia os passos são mais rápidos!

grato por dar conhecer este belo espaço

abraço

Lápis Roído disse...

Infelizmente, há comportamentos que tendem a perpetuar-se porque as mulheres encaram-nos como normais. Assumiram-nos como normais quando lhes foram passados pelas mães e assumem-nos como normais quando os transmitem às filhas. A legião de feministas (na qual também têm de ser integrados os homens que defendem a igualdade de género) tem de engrossar e levantar a voz sem medo.

Andreia Barbosa disse...

Hoje em dia tem-se vindo a notar que a realidade das mulheres "donas de casa" é cada vez menor... mas, ainda assim, ainda existe por aí muita melhor que se rege pelas regras do marido, quer ela goste quer não, o que considero descabido. Se estão numa relação, acredito que se deva chegar a um consenso e respeitar o espaço e a liberdade da pessoa.

http://cidadadomundodesconhecido.blogspot.pt/

Anónimo disse...

Marta, como conheces o meu marido já sabes como é a minha vida:-) ainda assim, eu também acho que não bates muito bem...E sabes que mais? Ainda bem!
Saudades tuas

Joana Sá disse...

Tu tens razão, muitas vezes acabamos por compactuar com essa descriminação... burrice mesmo!

Kiss kiss.*Jo
Jo & Company Style

Manuela Vaz disse...

Não tenho nada contra quem escolhe ser dona de casa e mãe mas, quando isso é escolha e não obrigação! Tal como quem escolhe outro tipo de vida, evidentemente. Mas o que me custa mais é que, muitas das vezes, são as próprias mulheres que se limitam umas às outras, com criticas sobre as opções de vida de cada uma ou com o educar os filhinhos para serem uns bebés mimados, que nada sabem fazer, por exemplo. Evidentemente que nem todas são assim mas isto só vai mudar, quando percebermos que não devemos ser inimigas umas das outras e apoiarmo-nos mais!

The Midnight Effect / Instagram

м disse...

A questão não é as mulheres assumirem os papéis de mães e donas de casa, é (algumas) sentirem que tem que ser assim, que não têm outra opção, porque foi assim que os pais as criaram e é assim que os maridos quererem que elas sejam.

Sou feminista, luto pelos meus direitos, sou livre e independente e tenho, como se diz na minha terra, "pêlo na venta". Revoltam-me estas coisas machistas, estes pensamentos de que as mulheres TÊM que ser e fazer isto e aquilo porque alguém assim decidiu. Mas o sonho da minha vida é ser mãe, viver esse papel por inteiro durante uns anos. A questão é que É UMA ESCOLHA MINHA e não por imposição. É algo que eu me imagino a ser e fazer a tempo inteiro, não descurando as restantes áreas da minha vida. Continuando a ser livre e independente e a exigir direitos de igualdade.

O problema é haver ainda mulheres que perpetuam estes estereótipos, mulheres que acham que as outras não devem/não podem fazer isto ou aquilo porque "parece mal", porque "não é de mulher", porque uma mulher tem que servir o lar, a família. As mulheres é que, na maioria das vezes, continuam a carregar estes fardos (descontentemente) mas impingem o mesmo às outras (filhas, noras, amigas).

Vera disse...

Optar por ser mãe e Dona de casa, não vejo de maus olhos. Cada um sabe de si,há quem o faça para poder acompanhar os filhos, e se têm condições para isso força. Eu não conseguiria, mas muitas mulheres optam por isso.
Outra coisa bem diferente é serem submissas, e com o pensamento de que o marido é quem ganha por isso é quem manda. Aí alto e pára o baile, não consigo compreender, nem conseguiria admitir!

_ Gil António _ disse...

Mas a culpa É dos homens?
.
Hoje
Límpidas Gotas de Amor em execução de Carência.
.
Deixando um abraço poético.
Uma terça feira muito feliz. Boa tarde.
.

Patricia Merella disse...

Olá Marta! Eu tive sorte de vim de familia em que as mulheres sempre trabalharam e sempre teve seu valor como profissional e como mulher.Tarefas domésticas, eu aprendi que deve ser sempre partilhada. Cá em casa é meu marido que cozinha e meu filho de 11 anos, já ajuda na organização da casa. Sempre trabalhei, desde os 15 anos. Toda mulher já nasce com o dom da intuição e da versatilidade. É uma pena que muitas não se permita ou não tenha oportunidade de pôr o seu potencial em prática para a vida profissional.Nada contra quem opta em ser só dona de casa. Mas acho doentio,ver uma mulher não comprar nem uma blusa sem opinião do marido. Muitas vezes penso que tem mulher que gosta desta dependência. Talvez,foi criada assim e ficou embutida em sua personalidade.Beijinhos !

Ana Rita Ferreira disse...

Concordo plenamente com a Vânia.


Um beijinho,

https://anaritaferreira83.blogspot.pt

Carlos disse...

Por muito que se diga o contrário, ainda existe um longo caminho a percorrer em prol da igualdade de género!
Beijinho grande.

Vânia Calado disse...

Eu acho que cada qual deve decidir o que é melhor para si. Trabalhar em casa (porque ser dona de casa e cuidar da família é um trabalho a tempo inteiro e muito difícil e que acaba por não ser reconhecido) ou trabalhar fora são duas opções válidas, desde que as pessoas se sintam bem com a sua vida.

Mas seja qual for a opção, as mulheres têm sempre direito à sua opinião e a escolher aquilo que querem. Sem pressões, sem precisar do consentimento de ninguém e sem dedos apontados na sua direcção (sejam de quem for).

Diana Fonseca disse...

Contentam-se com tão pouco. Eu não conseguia.

margarida disse...

Estranho, não diria. Mas submisso, sim, muitas vezes. Acima de tudo, acho que nos deveria ser dada a liberdade de escolher o nosso caminho e muitas vezes ele passa também por escolhermos a casa e a família e o abrirmos mão de nós em detrimento dos outros porque é isso que nos faz felizes. Essa liberdade não nos é dada, porque a sociedade exige de nós papeis múltiplos para fazermos face às solicitações. Mas enfim, também tenho visto que essa liberdade não é dada aos homens igualmente. Acho que deveríamos todos de passar por uma mudança de paradigma, mudar mentalidades e formas de estar para assim termos uma sociedade mais unida, coesa e livre na sua essência do bem. Bom, este é assunto que dá pano p'ra vestidos! E já agora, nutro um carinho especial por Leiria, já que sou de perto (Tomar) e foi nessa cidade que terminei o meu curso. E já agora também, adorei conhecer-te aqui!

Rute Matos disse...

Tenho um casi bem próximo de mim: em 17 anos de casamento ela nao conseguiu ter um emprego durante muito tempo pois o marido fazia tudo para ela perdê-los. Isto porque na educação dele o homem é que trabalha e chega a casa e tem que ter o jantar na mesa. Até para abrir a cama na hora de ir dormir chamava a mulher. Ou para lhe dar a cafeteira (na mesa) que estava mesmo à sua frente.
Para ele é normal falar mal para a mulher, se for preciso, à frente de toda a gente, e ela não pode responder.
Cheguei a ver de perto como era com os pais dele.
Felizmente esta mulher conseguiu livrar-se desta vida e deste homem.

E é por conhecer situações destas que tenho muito orgulho do meu marido e da nossa relação!

Concordo com vários pontos que já foram aqui falados. Quando é a mulher que escolhe estar em casa porque se sente realizada dessa forma, é de respeitar. Quando é obrigada a isso e não faz nada para lutar contra essa condição... também não consigo perceber porque, para mim, viver assim é inconcebível.

Magui disse...

Hoje em dia as mulheres que optam por ficar em casa a criar os filhos, fazem-no por escolha própria é uma situação válida como qualquer outra.
Mas, seria curioso ver os homens nesse papel de donos de casa, a tomar conta dos filhos, a ter o jantar pronto quando as companheiras chegassem do trabalho... Quem sabe não será uma realidade a longo prazo?

Ana Freire disse...

Subscrevo na integra as palavras da Vânia!...
Beijinhos
Ana

Cisne disse...

Amén!

silvioafonso disse...

Tirei a semana para falar do
meu cachorro e das mulheres que
amo. Amanhã, será o dia dEle e,
é claro, rabiscarei alguma coisa
para falar da gente, dEle e de mim.

Bom Natal e bom domingo.

Ah, eu a estou seguindo e se você
achar que o meu blog merece, siga-
me também que a gente merece.
Um Beijo,

silvioafonso



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