| Do bom cinema |

Com a mudança e a adaptação a novas rotinas, os filmes e as séries têm ficado completamente de lado, situação que espero contrariar rapidamente porque já ando a ressacar.

No entanto, consegui ver este ‘The Square’, um filme sueco que ganhou uma catrefada de prémios, nomeadamente a Palma de Ouro 2017, e que estava igualmente nomeado para os Oscars deste ano na categoria de melhor filme estrangeiro.

Embora tenha por hábito ver os filmes nomeados à categoria principal, porque gosto de seguir a cerimónia e de saber do que é que se está a falar, de ano para ano sinto-me mais desiludida – os filmes são cada vez mais previsíveis e americanizados, e não digo isto no bom sentido -, pelo que faço mesmo questão, sempre que possível, de ver os filmes estrangeiros nomeados. Aí sim, temos cinema a sério, que morde e pica, como tão bem disse Philip Roth.  

O ‘The Square’ é uma espécie de comédia-séria-negra demonstrativa do que acabei de dizer, uma narrativa caricatural que constantemente alerta para os comportamentos e ânsias de uma sociedade pouco equilibrada e desconfiada.

Se o que escrevi não foi suficiente para vos aguçar o apetite, aviso que o personagem principal - curador de um museu em Estocolmo sexy p’ra xuxu - é interpretado por um cinquentão giríssimo-com-tuuuudo-no-sítio chamado Claes Bang. E, se mais não for, justifica-se o visionamento do filme para babar um bocadito (vão ao Google confirmar e depois digam-me alguma coisa).