| Diz que os Oscars estão quase aí (2) |

Aqui segue mais uma fornada de candidatos a melhor filme e, quando já só me falta ver um nesta categoria, tenho a dizer-vos que estou bastante desiludida.

São bons filmes? Alguns. Merecedores da estátua dourada? No way.

The Shape of Water está nomeado em 13 categorias e só me ocorre dizer que é (completamente) sobrevalorizado. Passa-se no início da década de 60 e versa sobre a história de amor entre Elisa Esposito, uma mulher muda que trabalha como empregada de limpeza num laboratório de segurança máxima em Baltimore e um humanóide anfíbio levado para esse mesmo laboratório após ter sido descoberto nos mares da América do Sul.

É-me difícil pensar neste filme sem me virem de imediato à cabeça epítetos como (demasiado) irreal - e olhem que sou das maluquinhas por Stranger Things - e xaropada.

Os atores estão muito bem - não estivesse lá o sempre maravilhoso Michael Shannon para abrilhantar a coisa -, a banda sonora é muito bonita, os cenários são giríssimos, mas não consegui ultrapassar o facto daquilo me parecer um banalíssimo filme americano com um happy ending nada verosímil.

Lady Bird é uma jovem prestes a entrar na faculdade e o filme desenvolve-se à volta dos dramas próprios da idade - aquele período algo conturbado de transição para a vida adulta -, numa fase em que ainda está a tentar descobrir quem é. Acresce que a relação que tem com a mãe não é nada fácil, logo, o grau de dramaticidade aumenta um bocadinho.

Li que este filme bateu o record de melhor avaliação na história do site Rotten Tomatoes e não consigo perceber porquê. Não é que seja mau, mas nem aquece nem arrefece.

É um filme do qual me esqueci logo após tê-lo visto e isso significa que não me disse nada. De igual forma não compreendo porque é que está nomeado na categoria mais importante dos Oscars mas, bem vistas as coisas, não passo de uma leiga na matéria.

Ao contrário de todas as expetativas, porque não sou fã de filmes de guerra, Dunkirk acabou por ser o meu preferido destes três. 

Inspirado num episódio passado na Batalha de Dunquerque, em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial - em que mais de 300 mil soldados aliados foram evacuados de Dunquerque, em França, quando estavam rodeados pelo exército alemão -, o filme mostra a evacuação (e as várias tentativas) a partir de três perspetivas: da terra, do ar e do mar.

Enquanto o via fui-me apercebendo que estava sempre com uma postura super rígida (ou firme e hirta, como alguém uma vez muito bem disse), resultado do stress que estava a sentir, o que significa que Christopher Nolan, o realizador, conseguiu transmitir na perfeição o desespero e o sofrimento daqueles homens que estavam a tentar escapar à morte. 
Gostei muito.