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06/02/2018

| Será isto preconceito... ou só mesmo parvoíce? |

Imagem: Linkedin

Às vezes gosto de me atualizar sobre coisas verdadeiramente importantes e, nessas alturas, dá-me para ler a Lux, a única revista do social que leio periodicamente (sim, porque uma mulher tem de se inteirar dos eventos e dos trapitos usados nos eventos, dos namoros, divórcios e casamentos, bem como de outras matérias do interesse geral).
De quando a quando lá surgem reportagens sobre funerais, acompanhadas de fotografias do pessoal conhecido que marca presença neste tipo de evento (não podem ser só festas e croquetes, certo?).
Por mais do que uma vez já reparei que há mulheres muito bem maquilhadas nos funerais. E isso não é nada de mais, a não ser que estejamos a falar de familiares próximas do promotor do evento (que é o mesmo que dizer do morto). Aí já me faz alguma espécie.
Tudo bem que sendo pessoas mais conhecidas há a probabilidade de lá estar a comunicação social, munida de máquinas fotográficas, e as mulheres gostam de parecer bem em todas as ocasiões (nada contra, até aplaudo este comportamento zeloso).
Agora, tratando-se de pessoas próximas do/a falecido/a - filhas, companheiras, amantes, _________ (preencher à vontade do freguês) -, a coisa já pia de outra forma. 
Partindo do pressuposto de que a relação emocional com o morto era íntima, pergunto-me como é que há disponibilidade para um makeup moment antes do funeral. 
Ai, deixa-me parar de chorar um bocadito para o rímel não esborratar todo. Ai, vou usar o batom rosa choque que para pálida já basto eu.
E depois não é só a disponibilidade mental, causa-me igualmente estranheza o facto desse ato me parecer de uma superficialidade atroz (um erro na hierarquia das prioridades?).
Não consigo imaginar ir a um funeral de alguém que seja muito querido - irmãos, o meu homem, pais, sobrinhos, amigos a sério e mais alguns (cruzes canhoto!, bati 50 vezes com os dedos na madeira) e sequer pensar em maquilhar-me, embora o faça praticamente todos os dias. Mas face a um momento de dor tão profunda isso é relegado para a respetiva categoria, selecionada em função da importância que tem: nenhuma.
Digam-me de vossa justiça: este tipo de pensamento já vos passou pela cabeça ou acham que estou a ser apenas parva?

23 comentários:

Janela Indiscreta disse...

Já fui a uns quantos funerais e não me lembro sequer de pensar na maquilhagem...

Ana Rita Ferreira disse...

Isso também já me passou pela cabeça, sinceramente.

Filipa Magalhães disse...

Essas celebridades têm sempre umas maneiras estranhas de se comportarem, realmente...

Enquanto a chuva cai... disse...


Seria cômico se não fosse tão triste... não chorar os seus mortos para não borrar a maquiagem.

Joana disse...

Nunca tinha pensado nesse ponto de vista, mas acho que depende de pessoa para pessoa. Talvez por serem pessoas conhecidas e por saberem que tem lá jornalistas, tenham um pouco mais de cuidado (mesmo que nem lhe apeteça), digo eu...

Larissa Santos disse...

Pois. penso como tu. Mas olha, sabias que já maquilham o defunto? Ah pois é.

Hoje:- Ecos que deslumbram meu pensamento.
.
Bjos
Votos de uma feliz Terça - Feira

Os olhares da Gracinha! disse...

Tal nunca me passaria pela cabeça!!!bj

Mena Almeida disse...

Tabém me faz confusão, mas será que nem todos reagem da mesma forma? não sei, talvez.
Beijinho

Magui disse...

Nunca pensei nisso, nem sei se já tinha reparado nessas situações.
As pessoas reagem de maneira diferente perante os mesmos acontecimentos. Não sei se é coragem, negação, vaidade, frieza ou se é apenas estúpido.

Manuela Vaz disse...

Nunca tinha pensado no assunto mas, realmente, não me vejo a ter sequer capacidade de pensar em maquilhagem neste momento. Mas isto sou eu, cada um reage à sua maneira, se calhar é uma forma de camuflar a dor e guardarem essa "fragilidade" para elas só.

Isa Sá disse...

Também já pensei nisso várias vezes...não sei como há pessoas que para além da maquilhagem até vão ao cabeleireiro...e pessoas muito próximas da vitimas...

Penso, eu, que num momento de dor como esse, não à disponibilidade para pensar em maquilhagem, roupa e afins...mas isso, sou eu a pensar.


Isabel Sá
Brilhos da Moda

Camila Faria disse...

Uma loucura mesmo Marta. E digo mais: será que é necessária MESMO a "cobertura jornalística" de um funeral? Me parece de uma superficialidade atroz.

Dizinha na Cozinha disse...

Cada um reage à sua maneira é certo.
Eu conheço uma família que sempre que morre alguém conhecido, incluindo família próxima, lá vão comprar roupa nova para levarem ao funeral. Também já me perguntei o porquê, mas enfim!

Abanar do Ser disse...

Não é preconceito, acho até que é bastante legitimo este questionamento, eu pelo menos acho-o. Não sou grande frequentadora de funerais é horrível (obvio) e um ambiente aterrador (claro!), evito ao máximo (costumo dizer que: se possível também não quero ir ao meu) e não me lembro de ver pessoas maquilhadas, mas isso sou eu que nunca fui a funerais "famosos". Apenas levo uma coisa/ acessório ("moda") são os óculos de sol para tapar olheiras e não me verem a chorar!

Rute disse...

Tens toda a razão é um momento que não se pensa em nada!!

Ana Filipa Oliveira disse...

Amei o texto.
Tenho sido pouco convidada para esse tipo de eventos, e agradeço manter-me assim. Mas eu faço parte das menos zelosas, por isso acho que mesmo sendo convidada íntima do promotor, não iria preocupar-me com o que normalmente já não me preocupo.

Marisa Cavaleiro disse...

Só quem não sentiu a dor de perder alguém querido pode pensar em make up..
Xoxo

marisasclosetblog.com

mami disse...

compreendo a tua perspetiva, mas acho que por vezes as pessoas são apanhadas em tal sentimento de irrealidade que há comportamentos que são quase instintivos e mecânicos, completamente desprovidos de emoção ou intencionalidade

Vanessa Gonçalves disse...

O que me faz confusão...é que nas vezes que tive de ir a funerais, que felizmente não foi de ninguém chegado...eu nem sequer fui capaz de pensar em maquilhagem... enfim...muitos só vivem de aparências !

Ana Freire disse...

Ninguém no seu perfeito juízo pensaria em maquilhagens num acontecimento destes... mas a insanidade parece estar a tomar conta das pessoas... e se hoje em dia, fazem todas as poses possíveis e imaginárias nas mais variadas circunstâncias, para se agradar no Facecoiso... um funeral, é uma circunstância tão boa como outra qualquer... para se tirar até umas boas selfies, com boca de truta a fazer beicinho... e espremer algum sentimento... que resulte bem em imagem... por isso a maquilhagem tem de estar impék...
Hoje em dia, a grande maioria das pessoas, vive para a próxima fotografia, que possa publicar... e onde pareça muito bem, claro!...
Beijinho
Ana

Cláudia Mendonça disse...

Sinceramente nessa hora uma pessoa nem sabe o que é maquilhagem. E nem a quer colocar, onde está a cabeça para isso?
E já nem digo nessa situação tão triste. Mesmo em outras situações da vida um familiar nosso em hospital ou nós doentes, a maquilhagem não existe nesses momentos.
Mas é estranho, usarem e ter esses comentários.

Rute Marina de Matos disse...

Não consigo sequer relacionar as duas palavras: funeral ◇ maquilhagem!!

Blogdiariodeumafamilianormal.blogspot.pt

Anónimo disse...

Cruzes canhoto, cruzes canhoto!
Ou há sentimento de perda ou há makes, as duas não combinam.