Imagem (editada): www.atelevisao.com
Eram quase dez da noite quando ontem liguei a televisão e escolhi a SIC Notícias para saber como é que andava o mundo.
Fui para a cozinha tratar de tarefas de sopeira (aarggghhh!) e ia ouvindo o que se passava, entre o mau tempo nos Açores, a neve em Chaves e outros caprichos meteorológicos.
Quando voltei à sala olho para a televisão e vejo um ‘Última hora’ em nota de rodapé. Não sei se com vocês sucede o mesmo, mas não associo nada de bom a esta espécie de post-it televisivo e o meu cérebro entrou automaticamente em modo desgraça. Um atentado? Um acidente grave?
Paro para me inteirar com o que se terá passado e deparo-me com isto: Diogo Piçarra desiste do Festival por considerar que ‘não estão reunidas as condições’.
A sério? É isto tão importante que não possa esperar por uma notícia em jeito de fait-divers encaixado ali para o fim do bloco noticioso? Enfim... e adiante.
Pois que o Diogo resolveu desistir após ter sido acusado de ter plagiado uma melodia da IURD (mal sabia ele que o título da sua canção soava tanto a presságio), e os seus fervorosos fãs invadiram a Internet a maldizer as pessoas mesquinhas e que não aguentam com o sucesso dos outros, esses seres ignóbeis e invejosos.
Mas esperem aí. É que fui ouvir a tal música da IURD e ia jurar que elas soam igualzinho.
Entretanto ouvi o Diogo a dizer que foi uma coincidência extraordinária, que a obra é da sua inteira autoria e responsabilidade, que é difícil não repetir sons quando já tudo foi inventado, patati, patata.
Não sabendo, obviamente, o que aconteceu, estou inclinada a pensar que o moço, de facto, plagiou: é que as suas justificações até me pareceriam aceitáveis se existissem semelhanças em alguns trechos, mas não é disso que se trata.
Se, pelo contrário, o rapaz teve um azar do caraças, tenho muita pena, até porque a melodia é bonita; a letra é que me parece, em alguns momentos, bastante básica (‘Tu olhas para tudo e não vês nada (…) Podem fazer muros mas não tapam a alma (…) Eu não sou nada mas consigo tudo’), mas isso sou eu que sou uma esquisita.
A verdade é que esta desistência baralha a corrida ao lugar cimeiro e no próximo domingo à noite lá estarei alapadinha no sofá - com a gata Maria e munida de pipocas - a ver quem é que se sagra vencedor (e logo depois salto para a cerimónia dos Oscars, que há noites longas tããão perfeitas).
Enquanto no ano passado me apaixonei de imediato pela canção do Salvador, este ano as coisas não são tão lineares assim.
A minha preferida é a do Janeiro, mas talvez seja demasiado minimalista para efeitos de festival. Logo a seguir gosto muito da Para sorrir eu não preciso de nada, cantada pela fofa, doce e cutxi cutxi Catarina Miranda, mas também não me importava se ganhasse a Anda estragar-me os planos ou O Jardim.
Quanto à música do Peu não posso negar que é bonita, que é, mas tirava-lhe os tiques do fado, dava-lhe um ar mais moderno e pufff, ficava perfeita. Pensando bem, fazia o mesmo ao intérprete que, parecendo uma simpatia, precisa ali de um mix, que ninguém merece levar com aquele ar de sobrinho do João Tiago Silveira.
E vocês? Digam-me de vossa justiça, que aqui a malta (ou seja, eu) gosta é de liberdade de pensamento e diversidade de opiniões.
Fui para a cozinha tratar de tarefas de sopeira (aarggghhh!) e ia ouvindo o que se passava, entre o mau tempo nos Açores, a neve em Chaves e outros caprichos meteorológicos.
Quando voltei à sala olho para a televisão e vejo um ‘Última hora’ em nota de rodapé. Não sei se com vocês sucede o mesmo, mas não associo nada de bom a esta espécie de post-it televisivo e o meu cérebro entrou automaticamente em modo desgraça. Um atentado? Um acidente grave?
Paro para me inteirar com o que se terá passado e deparo-me com isto: Diogo Piçarra desiste do Festival por considerar que ‘não estão reunidas as condições’.
A sério? É isto tão importante que não possa esperar por uma notícia em jeito de fait-divers encaixado ali para o fim do bloco noticioso? Enfim... e adiante.
Pois que o Diogo resolveu desistir após ter sido acusado de ter plagiado uma melodia da IURD (mal sabia ele que o título da sua canção soava tanto a presságio), e os seus fervorosos fãs invadiram a Internet a maldizer as pessoas mesquinhas e que não aguentam com o sucesso dos outros, esses seres ignóbeis e invejosos.
Mas esperem aí. É que fui ouvir a tal música da IURD e ia jurar que elas soam igualzinho.
Entretanto ouvi o Diogo a dizer que foi uma coincidência extraordinária, que a obra é da sua inteira autoria e responsabilidade, que é difícil não repetir sons quando já tudo foi inventado, patati, patata.
Não sabendo, obviamente, o que aconteceu, estou inclinada a pensar que o moço, de facto, plagiou: é que as suas justificações até me pareceriam aceitáveis se existissem semelhanças em alguns trechos, mas não é disso que se trata.
Se, pelo contrário, o rapaz teve um azar do caraças, tenho muita pena, até porque a melodia é bonita; a letra é que me parece, em alguns momentos, bastante básica (‘Tu olhas para tudo e não vês nada (…) Podem fazer muros mas não tapam a alma (…) Eu não sou nada mas consigo tudo’), mas isso sou eu que sou uma esquisita.
A verdade é que esta desistência baralha a corrida ao lugar cimeiro e no próximo domingo à noite lá estarei alapadinha no sofá - com a gata Maria e munida de pipocas - a ver quem é que se sagra vencedor (e logo depois salto para a cerimónia dos Oscars, que há noites longas tããão perfeitas).
Enquanto no ano passado me apaixonei de imediato pela canção do Salvador, este ano as coisas não são tão lineares assim.
A minha preferida é a do Janeiro, mas talvez seja demasiado minimalista para efeitos de festival. Logo a seguir gosto muito da Para sorrir eu não preciso de nada, cantada pela fofa, doce e cutxi cutxi Catarina Miranda, mas também não me importava se ganhasse a Anda estragar-me os planos ou O Jardim.
Quanto à música do Peu não posso negar que é bonita, que é, mas tirava-lhe os tiques do fado, dava-lhe um ar mais moderno e pufff, ficava perfeita. Pensando bem, fazia o mesmo ao intérprete que, parecendo uma simpatia, precisa ali de um mix, que ninguém merece levar com aquele ar de sobrinho do João Tiago Silveira.
E vocês? Digam-me de vossa justiça, que aqui a malta (ou seja, eu) gosta é de liberdade de pensamento e diversidade de opiniões.
P.S.: Uma chamada de atenção ao cuidado dos responsáveis pela imagem que escolhi para ilustrar este post:
Não era mal pensado fazerem um upgrade para qualquer coisa como Almost all aboard, não é? 😛
13 comentários:
Confesso que não tenho visto nada. Mas já ouvi as ultimas "novidade"
.
Bjos
Votos de uma feliz Quarta - Feira
É justo dizer que o Diogo meteu a Piçarra na poça...
A minha preferida é "Para sorrir eu não preciso de nada". Vamos ver o que acontece no domingo. :)
Não dou atenção ao Festival da Canção, mas também achei piada, como referes, ao facto de ser dado destaque a esta "notícia" como sendo de última hora - muito urgente, claro.
Enfim, é o que temos! Depois do Tony Carreira os artistas portugueses fizeram moda do Plágio!
O meu blog: http://missdeblogger.blogspot.pt
Marta, em modo votação de Festival. 20 points para este texto. Muito bem. Assino por baixo :)
Noticia interessante, sem dúvida lol
Também ouvi e pensei o mesmo que tu, se el não a plagiou, parece, mas...
Beijinho
Ahh eu conheci Diogo Piçarra há pouco tempo e gosto das músicas dele. Não sei qual seria essa outra música, mas seria tão igual assim? Não acredito que um compositor possa fazer isso. Digo porque eu componho as minhas músicas e sei o quanto é bom esse momento criativo. Tomara que as coisas se resolvam para ele!
beijos!
https://ludantasmusica.blogspot.com.br
"All Aboard" é o letreiro que tenho por cima da minha cama. ;)
Ando completamente alheada deste assunto e nem ouvi sequer nenhuma das músicas para ver se há semelhanças, mas que é chato lá isso é, e eu até gosto das músicas dele.
Tiraste-me as palavras da boca... dos dedos! ;)
Beijinho,
Oi Marta, ótimo blog! Já estou inscrita e ansiosa pelos próximos posts. Sucesso! Beijos <3 https://universodecifrado.blogspot.com.br/
Confesso que não gostei da música do Diogo Piçarra, mas não acredito que ele fosse plagiar fosse o que fosse ainda para mais uma música que ia ser cantada no Festival da Canção e quem sabe na Eurovisão e portanto ia ser submetida a muito escrutínio. Não acredito. Que é uma infeliz coincidência lá isso é. Em todo o caso, a música não era lá grande coisa e nem chega aos calcanhares de Amar pelos dois!
Beijinhos
https://aestilografa.blogspot.pt/
Depois de tanta polémica, à volta da dita música... a desistência era inevitável...
E ainda estou para saber quem ficou apurada... passou-se-me ao lado, o festival ontem... a ver se daqui a pouco, já faço uma pesquisa pela Net...
Beijinhos
Ana
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