Do Mia Couto só tinha lido o Terra Sonâmbula, há uns anos, e não me ficou particularmente na memória. O que significa que devo ter achado alguma piada, mas nada por aí além.
Por isso, quando uma amiga do coração me ofereceu este Jesusalém, as expetativas não eram altas, confesso.
Mwanito – o afinador de silêncios - é quem nos conta esta história de solidão e loucura, de experiências mal resolvidas, de amor e de um sentir africano que, com muita pena, nunca vivi.
O que mais me surpreendeu neste livro foi a sua escrita poética e tão, mas tão bonita.
Li no prefácio algo como cada página pode e deve ser saboreada como um todo, e não podia estar mais de acordo. De facto, ao longo da obra encontramos dezenas de metáforas maravilhosas que me criaram uma espécie de encantamento que se manteve até ao final (e a história podia continuar, na minha opinião, que ainda havia mais por onde desbravar).
Ganhei um respeito imenso ao Sr. Mia – quem escreve assim não é gago - e aconselho muito a leitura desta perolazinha. Só lendo é que vão perceber o que é que andavam a perder.
3 comentários:
Nunca li nenhuma obra de Mia Couto, apenas uns excertos aqui e ali.Mas fiquei curiosa ...
Beijinhos
Sandra C.
bluestrass.blogspot.com
Muita curiosidade em ler Mia Couto.
:))
Hoje » Fogo que flagra em lamuria
Bjos
Votos de uma óptima Quarta-Feira.
Nunca li :)
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