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04/04/2019

| Um post para mulheres |

Mais do que dirigido às mulheres, este é um post dedicado às mulheres que veem e, de preferência, assumem ver porno (está mais do que na altura de deixarmos de considerar a sexualidade e tudo o que com ela se relaciona um assunto tabu e encararmos com naturalidade aquilo que é natural; somos seres sexuais, e fingir que não o somos não é uma atitude muito inteligente, certo?).
O problema do porno tradicional é não passar de uma chachada em três atos, e nem sequer estou a falar da pobreza do argumento (será que existe?), da fraca qualidade dos atores, nem tampouco dos seus incomuns predicados físicos. 
Quero antes referir-me ao facto do cinema (?) porno tradicional ser pensado para homens e, em consequência, completamente irreal.
Sempre que meto os olhos num filme porno dito normal não consigo usá-lo para os fins lúdicos esperados, que é o mesmo que dizer que aquilo não me dá tesão nenhum.
Ora vamos lá a ver uma coisa: alguma gaja, no seu perfeito juízo, consegue levar a sério uma cena em que o macho chega, troca duas ou três palavras com uma mulheraça que usa um cinto em vez de saia e tem duas laranjas siliconadas a saltarem da camisa, beija-a e apalpa-lhe os marmelos as laranjas, saca do instrumento e, depois da gaja o chupar e lhe pedir para ser fodida porque está louca, começa a investir sobre ela como um coelho desenfreado e ela vem-se umas cinquenta vezes, ao que se segue uma curta pausa antes do round 2?
Eu não consigo e só me dá vontade de rir bem alto, porque é mesmo engraçado
A verdade é que me parece que a cena que descrevi faz ou fez parte, pelo menos em determinado momento, do imaginário de quase todos os homens heterossexuais, e é essa a visão dominante na indústria. Queiramos ou não, continuam a ser eles os maiores consumidores de porno e, para não fugir à regra, também neste mundo o sexo feminino é discriminado.
Há uns anos, não tenho bem a certeza como mas penso ter lido numa revista, cheguei ao nome de Erika Lust. Chamou-me a atenção o facto dela ser uma realizadora de filmes porno mas, e isto é que é importante, filmava da perspetiva de uma mulher, o que me deixou curiosíssima.
Mais tarde vi algumas coisas dela e adorei: além de estarmos, de facto, perante porno feito a pensar em nós (nada ali é gratuito), surpreendeu-me a beleza, sensualidade e qualidade das filmagens. Erika não só se preocupa em criar enredos ‘à nossa imagem’, como nos conta histórias com mestria, o que me fez sentir não estar a assistir a um tipo de cinema menor. Enquanto preparava este post fui à net pesquisar sobre a autora e descobri que já publicou meia dúzia de livros, e os seus filmes e curtas arrecadaram tantos prémios que acho justo apelidá-la de Spielberg da Libertinagem.
Facto é que desde que a descobri não quero outra coisa (salvo seja) e aposto que vocês se vão igualmente render. 
Porque estou a prestar um serviço público de elevadíssima qualidade, acho também mais do que justo que percam qualquer pudor tonto que por aí possa existir, e depois de confirmarem o que estou a dizer (presumo que na intérnete haja amostras do trabalho da Erikazita) comentem este post e digam de vossa justiça.
Estamos combinadas?         

6 comentários:

Larissa Santos disse...

Deixa-me dizer que me diverti a ler a publicação. É saudável ver porno. Incendeia os neurónios e nem só, kkkkk

HOJE, O NOSSO GIL ANTÓNIO RECITA :- Luz do meu desnorte

Bjos
Votos de uma óptima Quinta - Feira.

Lápis Roído disse...

Apesar de isto ser só para "gaijas", eu sou um abelhudo por natureza e tive de vir pôr a minha colhereada. :P
Ia sugerir o nome da realizadora que acabaste por referir quando comecei a ler. Vou só dar uma achega à coisa: será por termos uma indústria porno muito virada para o consumo de homens hetero que as estatísticas do Pornhub põem as pesquisas das mulheres portuguesas por vídeos com outras mulheres no topo? Fica a questão.

Marta Moura disse...

Não conhecia essa estatística mas, face ao que expus, parece-me que a tua explicação faz todo o sentido. Boa análise 😉

Lápis Roído disse...

Agora não consigo precisar a percentagem, mas era muito elevada. Não a vi na notícia da qual vou deixar o link, mas ouvi na rádio.
Obrigado. ;) Não deixa de ser um sinal de rejeição ao porno mainstream ter mulheres a procurar vídeos com outras mulheres. ;)
https://observador.pt/2019/03/04/ha-mais-mulheres-portuguesas-a-consumir-porno-na-internet/

Joana Sousa disse...

Tive que me aguentar para não me partir a rir com a tua descrição do típico porno ahahah :p é muito isso. E raios, é idiota mesmo, aquilo não tem mesmo semelhança com a realidade! :p

Quanto ao resto: não conheço, mas parece bem. E caramba, ainda hei de perceber porque é que sendo a mulher um bicho que faz sexo, porque raio é que só os homens é que podem assumir ver porno?!...

Jiji

Ana C disse...

haha gostei, parti-me a rir sozinha feita maluca!

Ana C, www.adreamersland.com
www.facebook.com/adreamersland