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02/04/2018

| Crónicas da vida airada (ou não) #35 |


Antes de mais deixo aqui um spoiler alert: esta crónica tem palavrões. Por isso, se são alérgicos a uma boa caralhada (ups, que este foi precoce) finjam que nunca viram esta introdução e vão à vossa vidinha, que há mil e uma coisas muito mais respeitáveis para fazer, está bom?
Depois não me venham é azucrinar com queixinhas, que serei obrigada a responder-vos com um totalmente esperado eu avisei
Se, ao invés, são daqueles a quem os palavrões não fazem confusão, avante camaradas, é só clicar aí em baixo no Ler mais
Pois que tenho noção de que há muita gente que fica horrorizada com palavrões, expressões de gente de baixo nível, mal educada, mal formada e mal-qualquer-coisa-mais, mas não sou esse tipo de pessoa.
Suspeito que tem isso muito a ver com o local onde nasci. Sim, sou uma nortenha orgulhosa e, consequentemente, cresci a ouvir palavrões pronunciados com uma naturalidade tal que sempre os senti como fazendo parte da linguagem corrente.
Lembro-me, por exemplo, dos amigos do meu pai o cumprimentarem com um Ó seu filho da puta, há quanto tempo não te via, caralho. Ou a minha mãe a dizer-me, quando estava mesmo fula, Ponho-te essa cabeça pior que merda. Ou ouvir as conversas da minha irmã com as amigas, onde uns foda-se eram usados como pontuação. E por aí fora.
Não vivo no norte já há vários anos mas continuo a dizer palavrões de forma tão natural como a minha sede. Mas não pensem que eles saem ao desbarato, nada disso: só os digo com pessoas com quem tenho confiança, com quem sinto que posso ser eu.
Curioso é que quando regresso de uma estadia no norte venho a praguejar muito mais, o que facilmente se explica pelo facto de lá não ser das únicas a fazê-lo, sou apenas mais uma entre todos. 
Agora que regressei do fim de semana pascal em família estou em modo agressivo, e só me apetece andar a espalhar por aí foda-se e caralho e puta que pariu como se não houvesse amanhã. 
E já estou a ressacar das conversas que tenho com uma amiga desbocada, porque são dos diálogos mais deliciosos de todos os tempos. Do género:
Então sua puta, estás boa?
Sim, tudo em ordem. E tu, vaca?
Está tudo bem.
Os teus filhos estão bem?
Foda-se, fodem-me a puta da cabeça a toda a hora.
(...)
E pronto, o nível é mais ou menos este. E nós divertimo-nos e somos felizes assim.

P.S.: Sou a Blogger of the Week no blog Um raio de sol na água friaPara espreitarem a mini-entrevista que dei à Marta Martins é só clicar aqui.

19 comentários:

Larissa Santos disse...

Boa tarde. Confesso que me agradou bastante esta sua confissão. Nós temos que ser nós mesmo.
Adorei. Que não gostar, temos pena. :))

Hoje:- És o motivo, és a letra, és todo uma canção
Bjos
Boa Segunda - Feira de Páscoa

Susana Alvarez disse...

Confesso que durante a infância e adolescência não tinha grande hábito de dizer palavrões. Não os ouvia muito por casa e na escola também não tenho ideia disso. Ou seja, acho que se pode dizer que era uma menina respeitável... até que fui estudar para o Porto e lá se foi a respeitabilidade! eheheheh
Lembro-me do ar horrorizado da minha mãe e avó quando ouviam alguma conversa que tinha as minhas amigas de lá, que era do mesmo género desta. O que é certo é que já saí do Porto há quase 5 anos mas o hábito manteve-se!

O Meu Dolce Far Niente
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Ana Rita Ferreira disse...

Os palavrões fazem parte sim. Aqui no norte, dizem -se de uma forma effortless e saem naturalmente. Parece que não chama a atenção... Funde-se com o meio. É mesmo isso. Eu por exemplo não digo com muita frequência. Mas quando digo são perfeitamente empregues. :)Parece que já fazem parte daquela frase como a quero transmitir! Lol

Já li a entrevista e gostei muito! ;)

Shizuka disse...

Olá! Estou aqui escandalizada! :D
Não me chames tola, mas adoro ouvir as pessoas a dizerem palavrões, mas não podem ser assim ditos sem jeito nenhum, têm que ser bem enquadrados :D se estiver mal disposta é o suficiente para ficar logo a rir.
A minha mãe sempre disse montes e montes de asneiras desde que eu me lembro, mas eu por acaso nunca tive muito por hábito dizer. Mas adoro ouvir!
E o que me ri agora a ler o teu post! Muito bom :)

Ana Freire disse...

Embora os palavrões, não façam parte do meu vocabulário habitual... não tenho qualquer problema em usá-los quando necessário... :-D e por serem de uso menos corrente... quando os utilizo... é mesmo com grande entusiasmo que o faço... quando dirigidos a quem os mereça ouvir!... :-))
Deve ser por isso que eu gosto imenso do Porto!... Por lá... nada fica por dizer!... :-))
Beijinhos! Boa semana, esperando que tenhas passado uma belíssima Páscoa a Norte, na companhia dos teus...
Ana

maria disse...

Marta, o peso dos palavrões lá mais para Norte, nada tem a ver com o peso dos palavrões cá mais para Sul. Nada a ver mesmo. Percebe-se nitidamente a diferença, digo eu que convivo com pessoas do Norte e não me choca ouvir a forma como se expressam, enquanto em Lisboa, ver miúdas de 13/14 anos, à porta de centros comerciais com uma linguagem do mais obscena que se possa calcular, a mim, pessoalmente, não me agrada. Tivesse eu filhos e a educação não passaria por gostar que dissessem palavrões, aliás, não lhes seria permitida tal coisa, isso era garantido, foi exactamente o que a minha mãe fez comigo.

Acrescento só em jeito de confidência que a minha melhor amiga diz muitos palavrões, somos o oposto uma da outra, no entanto ela respeita-me na minha forma de estar na vida, e eu respeito-a lá com a sua forma também de estar na vida, talvez seja por isso que somos amigas. Tem piada que é ela que mais se esforça e me pede desculpa quando se excede, eu, bom, eu acho-lhe muita piada e gosto realmente dela. Não são os palavrões que impedem as pessoas de conviver, de serem amigas, acho que é mais respeitar o espaço de cada um. Penso eu... E sim, desde o meu ex-marido, a namorados, calhou serem homens muito pouco dados a isso dos palavrões, Vai na volta ainda não me cruzei com um do Norte :))))

Mena Almeida disse...

Eu nao ligo, quando ouço uma pessoa do Norte dizer palavrões, já eu não os uso e se for uma pessoa que não seja do Norte, já não gosto. E esta hein? 😂😂😂

Teresa Isabel Silva disse...

Oh pah adorei o texto... Conheço bem essas expressões sou bem do norte carago!

Bjxxx
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Blogue Ela e Ele disse...

Eu (Pedro) sou de Paredes de Coura. Estou bem habituado. Sei bem o que é isto de saltar a asneira a torto e a direito. Assim mesmo é que é caralho! ahah

Camila Faria disse...

Hahaha! Aqui no Rio o pessoal é fã de palavrão também Marta, usa-se como se fossem vírgulas. Eu não falo muito, mas não ligo MESMO. ;)

Os olhares da Gracinha! disse...

Por aqui os palavrões com ... conta peso e medida!
bj

https://tu-estilo-moda-femenina.blogspot.com/ disse...

Me encanta tu post, da gusto de leerlo.
Un gran abrazo.
http://www.tuestilo.eu/blog.html

Joana Sousa disse...

Como deves calcular, como nortenha que sou, para mim um "foda-se" é como uma vírgula :p mas com juízo! Não os digo à beira dos meus pais, não dizia muitos quando era miúda - e dou um calduço aos putos quando os vejo a dizê-los - e nunca, mas nunca os uso como insulto gratuito (a não ser que seja merecido, claro está, que aí não há nada mais libertador do que mandar umas caralhadas!). Acho ridícula a forma como algumas pessoas confundem o uso de palavrões com má educação...o mais engraçado é que as pessoas mais mal educadas que conheço não dizem um único palavrão. Curioso, hein?!

Jiji

A TItica disse...

ahahah, também vivi no norte, e quando ia ao café " obrigavam-me " a dizer um palavrão para pedir um xupa-xupa...

Quem não gosta tapa os ouvidos, além do mais ouvi dizer que dizer palavrões alto, espanta as bruxas!!

Beijinhos
https://titicadeia.blogspot.pt/

Elisabete disse...

Não sou de usar palavrões, mas ao menos na tua crónica, foste franca.
Bjs

Melissa Sousa disse...

ADORO!
Sem papas na língua, é assim mesmo. Também sou nortenha com orgulho, independentemente de como falo ou deixo de falar.

Beijinhos,
Melissa Sousa | Fábrica de Temperos
A MINHA PLAYLIST ATUAL

Anónimo disse...

Já me fizeste rir!
Comigo acontece-me mais ou menos o mesmo! Sou do Porto, e desde que vim para Luanda, fui gradualmente, deixando de dizer palavrões, aqui ninguém diz e até me sentia mal. Já não ia ao Porto há um ano, fui no mês passado e estive dias inteiros com os meus amigos de sempre... quando voltei.. Nossa Senhora!! Agressiva era pouco! ehehehe
Beijinhos

Andreia Barbosa disse...

Eu também sou dessas que usa e abusa de palavrões e expressões "maldosas" até porque, claro está, sou tripeira e para mim, quando estou mesmo fula (ou então fud*da) é-me bastante difícil conter tais palavras!

http://cidadadomundodesconhecido.blogspot.pt/

M.Santos disse...

“Soltar “um palavrão por vezes é bastante terapêutico !! 😆